De Goiânia a Joinville em 2 Rodas - Parte 1

Joinville fica cerca de 1330 km de Goiânia, tirando a média obtida entre duas diferentes rotas: pela BR-153, passando por Frutal-MG, e pela Via Anhanguera, passando por Americana-SP.
No dia 03 de junho de 2010, eu e mais quatro irmãos de motoclube partimos rumo ao sul. Sem pressa, e em velocidade cruzeiro entre 110-120 km, formamos um trem com três Shadow 600, uma Tornado 250 cc e uma Harley-Davidson Sportster 883.
 Da esquerda para a direita: eu (o blogueiro que vos escreve), Márcio, Xavier,
Watts e Wilson. Nesta foto, já nos encontrávamos em Joinville-SC.

Nossas "garotas": asfalto ruim, elas reclamam, mesmo.

Na ida, decidimos ir pela BR-153, pois o que sabíamos era que a distância era menor e que economizaríamos por volta de 200 km. O fato de dizerem também que a rodovia estava muito boa pesou na decisão - aliás, eu mesmo havia passado por ela em fevereiro deste ano, e estava tudo perfeito. Para carros, vale dizer.
Mal passamos o trevo de acesso ao Prata, tivemos que parar, devido ao conserto que estão fazendo na rodovia. Foram mais de 60 minutos de espera, mas, até aí tudo bem, já que não tínhamos pressa em chegar.
Alguns quilômetros depois, o primeiro problema, devido a trepidações causadas pelas ranhuras, ondulações e imperfeições do asfalto: alguns pertences pessoais do diretor regional dos Forasteiros (facção Goiânia, à qual pertenço) foram jogados em algum lugar fora do asfalto, já que retornamos para tentar encontrá-los e não tivemos sucesso.
 Watts, Wilson, Márcio e eu esperando a liberação da pista para continuarmos
a viagem. Foto: Xavier.

Pouco depois, não muito longe dali, mas já depois de Frutal, problema em uma das Shadow: o parafuso que firma o pedal de câmbio soltou-se, também devido aos problemas da pista, e sumiu do mapa. A sorte é que nosso irmão Wilson, que a pilotava, percebeu a tempo de evitar um problema muito maior, já que o pedal, que estava seguro apenas pela haste, poderia atingir o asfalto, ficar preso e causar um acidente, além de tudo. Mais uma vez parados, Xavier e eu fomos até Frutal, em pleno feriado de quinta-feira (03), procurar um parafuso que servisse para prender o pedal. Problema resolvido, uma hora e poucos minutos depois, continuamos a estrada.
 Parafuso de sustentação do pedal do câmbio soltou-se com as trepidações
que ocorrem na BR-153 (trecho mineiro).
 
No dia seguinte, outro problema surgiu com outra Shadow devido às trepidações da 153, que foi percebido poucos quilômetros antes de entrarmos no estado do Paraná: o lado esquerdo do suporte do alforje se partiu, de forma a perder o pedaço do mesmo. Mas, não houve problema maior: apenas o amarramos devidamente, para que a bolsa não pegasse no pneu.
Devido a tantos atrasos em um só dia, especialmente, no primeiro, fizemos pouso na cidade de Lins-SP, no  Hotel dos Viajantes, situado na rua Olavo Bilac, 870, Centro. Muito bem recebidos, preços super accessíveis, com café da manhã incluso. Vão por mim: sem luxo, mas com tudo o que nós estradeiros precisamos.
 Pausa para foto do blogueiro que vos escreve e sua "garota de estrada".

O dia amanheceu um pouco frio e com neblina fraca. Mesmo assim, prosseguimos. À medida que descíamos para o estado do Paraná, desciam, também, a temperatura, a névoa e a garoa. Querem saber? Às vezes, dá vontade de parar e esperar aquele frio todo passar, mas, daí, começa a vir a vontade de chegar e tomar alguma coisa bem quente, como uma bela dose de whisky ou vodka, por exemplo (rsrsrs).
Quanto aos pedágios: particularmente, sou a favor da privatização das rodovias, mesmo porque, os governos que entram e saem nunca fazem a devida manutenção, o que seria de sua obrigação. Mas, daí cobrar preços absurdos de motociclistas, é outro assunto. Começamos a pagar, nos primeiros dois ou três pedágios, apenas R$ 0,65. Depois desses, passamos a pagar R$ 1,30, R$ 2,80, R$ 3,60 e, por fim, na altura de Jacarezinho-PR, você vai pagar pouco mais de R$ 6,00!! Não quero afirmar que tem algo errado nisso, mas que cheira a sujeira, isso é indiscutível. Como é possível, a não ser por abuso e ganância, cobrarem um valor tão absurdo desses por uma motocicleta, que não danifica a rodovia nem 5% do que um automóvel médio faz? Comente algo, se quiser, pois eu já estou indignado com isso desde que passei por lá.
Pedágio em Jacarezinho, vindo pela BR-153: simples abuso? Roubo? Estupidez?

Chegamos a Curitiba, já para encontrar alguns de nossos irmãos forasteiros, por volta das 18h30, sob chuva de média monta, um frio de dar nó nos dedos (cerca de 4 graus, tirando a sensação térmica, que sobre uma motocicleta em movimento, é bem abaixo disso).
O dia seguinte guardava surpresas para nós. E isso será contado depois, em um novo post. Moto-abraços a todos. Valeu!

Comentários

  1. Isso ai Malluko!!
    mandou muito bem descrevendo situações q passamos nas estradas. Isso ajuda os q como nós rodam pelas estradas do Brasil.
    Parabéns.

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  2. Valeu, meu brother Xavier! E muitas estradas pra nós todos, irmão!

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  3. Isso meu brother,pode crer.
    Cara ums historia sem mentiras e com poucas palavras descreveu o que e rodar na 153.
    Mas apesar de algumas dificuldades isso mostra o quanto somos unidos.
    Valeu !!!!!
    Abraço.
    Márcio Robson
    F.S.S.F

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  4. É isso mesmo, brother Márcio! E serão muitas estradas e histórias pela frente, ainda. Grande abraço e valeu pelo coment, irmão!

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