Antes de resolver por uma marca, é sempre bom saber sobre custos de manutenção
Salve, motors!
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Fig. 1. Tenha a moto que tiver, só tenha a consciência de que manutenção, apesar do "peso", previne futura dor de cabeça. |
ais marcas de motos no Brasil. Separamos tudo em dois grupos para facilitar a sua vida: as mais potentes e as de média/baixa cilindrada.
Grupo I: As Máquinas Mais Potentes
Nesse segmento, onde a performance e a tecnologia ditam as regras, os custos de manutenção tendem a ser mais elevados. Afinal, estamos falando de motos que exigem peças mais específicas e mão de obra altamente especializada.![]() |
Fig. 2. Por vários motivos, entre as de alta cilindradas, a Harley Davidson é a detentora do primeiro lugar em altos custos de manutenção. |
- Harley-Davidson: No topo da lista das mais
caras, a manutenção de uma Harley-Davidson é amplamente percebida como um
investimento significativo. Proprietários chegam a relatar gastos anuais
de R$ 1.000 a R$ 2.000 apenas com manutenção preventiva. A ausência de
tabelas de preço fixo online e a dependência de mecânicos especializados e
peças muitas vezes importadas contribuem para essa percepção de custo
elevado.
Fig. 3. Kawasaki Z H2. Para quem pensa que "é só trabalhar para comprar uma", não sabe o que é ter que trabalhar o dobro para mantê-la saudável. - Kawasaki: Surpreendentemente, a Kawasaki
aparece logo em seguida. Apesar da elogiada confiabilidade de suas motos,
os custos de manutenção, especialmente a mão de obra, são descritos como
"horríveis", podendo atingir valores entre R$ 6.000 e R$ 7.000
por revisão em alguns modelos.
Fig. 4. BMW R 1250 GS. Não é impossível ter uma, mas prepare o bolso para deixá-la assim, bonita e rodando. - BMW
Motorrad:
Reconhecida pela qualidade e precisão, a manutenção da BMW Motorrad é
vista como cara. A primeira revisão
de uma R 1250 GS Adventure, por exemplo, custou R$ 1.078 em 2024. No entanto, a marca tenta mitigar isso
com pacotes "Service Inclusive", que prometem economia a longo
prazo ao permitir o pagamento antecipado dos serviços.
Fig. 5. O custo de manutenção de uma Susuki Hayabusa também pode se tornar ainda mais estratosférico. - Suzuki: Para os modelos de alta cilindrada da Suzuki, como a Hayabusa ou a
V-Strom 1050/XT, os valores específicos das revisões programadas não são
facilmente encontrados online. Isso significa que você precisará entrar em
contato direto com uma concessionária para ter uma ideia dos custos, que
podem ser significativos.
Fig. 6. Manter uma Scrambler 400 X, da Triumph, pode ser uma coisa... Fig. 7. ...mas, uma Triumph 1200 já precisa de mais bolsos. - Triumph: A Triumph adota uma estratégia
interessante. Para seus modelos de alta cilindrada, oferece "Pacotes
de Manutenção Triumph" que visam proteger o proprietário contra a
inflação. Já para os novos modelos de entrada, como a Speed 400 e a
Scrambler 400, as duas primeiras revisões têm um valor promocional de
apenas R$ 100,00 cada, incluindo mão de obra, peças e óleo. Bom, o mesmo não pode ser dito a respeito de quem compra e quer manter uma Tiger 900 ou maior, como a 1200. Os custos aumentam, mesmo com pacotes, de acordo com o motor. Não há como fugir.
Fig. 8. Yamaha MT-07: até que não fica alto, uma média de R$ 1400,00/ano - Yamaha: A Yamaha tem uma reputação de bom custo-benefício no mercado. Para
modelos como a MT-07, um usuário estima um custo médio de R$ 1.400 por
ano, mas alerta que esse valor pode triplicar se incluir a troca de pneus.
Algumas concessionárias oferecem "preço fechado" para revisões,
mas os valores não são detalhados publicamente para todos os modelos de
alta cilindrada.
Fig. 9. Honda CB 650 R - das grandes, uma das de manutenção mais em conta. - Honda: A líder de mercado Honda se destaca por oferecer mão de obra
gratuita nas duas primeiras revisões para a maioria de seus modelos,
incluindo os de alta cilindrada. A revisão de 1.000 km para uma CB 650R ou
CBR 650R ABS, por exemplo, custa R$ 534,93, com a mão de obra inclusa. Sua
vasta rede de concessionárias e a ampla disponibilidade de peças
contribuem para uma manutenção mais acessível.
Grupo II: As Companheiras do Dia a Dia
Neste grupo, o custo de manutenção é
um fator decisivo na compra, já que essas motos são frequentemente usadas para
o dia a dia e trabalho. A previsibilidade dos gastos é um grande diferencial.
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Fig. 10. A Royal Enfield pode surpreender o cliente no quesito manutenção, ultrapassando os R$ 1 mil com manutenção anual. Isso, até os 20 mil km, que é parte da garantia. Depois, só Deus sabe. |
- Royal
Enfield: Apesar
de oferecer um sistema de revisão com preço fixo em todas as suas
concessionárias, os valores da Royal Enfield para modelos de 350cc (como
Hunter/Classic/Meteor) chegam a R$ 1.161,96 até 20.000 km. Comparado a
outras marcas de entrada, seus custos iniciais de revisão podem ser mais
altos.
Fig. 11. A chinesa Zontes cancela a garantia se as revisões não forem feitas na autorizada. - Zontes: A Zontes também oferece um
plano de revisões com preço fixo durante a garantia. No entanto, a marca
impõe condições rigorosas: a garantia é cancelada se as revisões não forem
feitas na rede autorizada ou se peças paralelas forem usadas. Essa rigidez
pode, indiretamente, elevar o custo total para o proprietário. A marca também tem fama de "preços amargos" em suas peças e acessórios originais.
Fig. 12. Dafra Maxsym 400i - revisões a preços mais acessíveis. - Dafra: A Dafra promove um "melhor
custo-benefício do mercado". A primeira revisão de uma Maxsym 400i,
por exemplo, custou R$ 240,00. No entanto, a falta de tabelas de preço
fixo completas e publicamente acessíveis para toda a linha dificulta a
previsibilidade dos gastos a longo prazo.
Fig. 13. NX Bros 160 da Honda, surpreende com manutenção mais cara que a CG 160. - Honda: A Honda domina o mercado brasileiro, e modelos como a
CG 160 são conhecidos pelo baixo custo de manutenção devido à grande
oferta de peças e rede de serviços. A marca oferece mão de obra gratuita
nas duas primeiras revisões. Contudo, a Honda NXR Bros 160 se destacou
como o modelo mais caro de manter entre as dez motos mais vendidas do
Brasil até os 18.000 km, totalizando R$ 4.273,10.
Fig. 14. A Bajaj Dominar 400 varia de pouco mais de 100 a 900 reais até os 30 mil quilômetros. - Bajaj: A Bajaj tem se esforçado para
oferecer serviços acessíveis e transparentes. A marca disponibiliza
tabelas de preço fixo para toda a sua linha, com valores que podem ser
baixados em PDF. Para uma Dominar 400, a revisão de 1.000 km custa R$
136,84, e a de 30.000 km, R$ 899,99.
Fig. 15. DR 160 Haojue tem um valor relativamente baixo de manutenção. - Suzuki - Haojue: A Suzuki Haojue se posiciona de forma muito competitiva
com um programa de revisão de preço fixo para toda a sua linha. Os valores
variam de R$ 50,00 a R$ 556,00 para serviços até 18.000 km, e a mão de
obra da primeira revisão (1.000 km) é gratuita.
Fig. 16. Yamaha Factor 150 - uma das manutenções mais baratas do país. - Yamaha: A Yamaha é a segunda marca mais vendida no Brasil e se destaca pelo custo-benefício. A Yamaha Factor 150 é, inclusive, a moto mais barata de manter entre as dez mais vendidas do país, com um custo total de serviços de R$ 1.068,00 até os 18.000 km. A marca oferece revisões de qualidade com "preço fechado".
Conclusão:
Como você pode ver, o custo de
manutenção pós-venda é um fator crucial que varia muito entre as marcas e até
mesmo entre os modelos. Para os amantes das motos mais potentes, a paixão vem
com um preço mais salgado, mas algumas marcas oferecem pacotes que podem
suavizar o impacto. Já para quem busca uma companheira para o dia a dia, a boa
notícia é que a transparência e os preços fixos estão cada vez mais presentes,
facilitando o planejamento financeiro.
Antes de acelerar para a
concessionária, pesquise a fundo os custos de manutenção do modelo que você
deseja. Isso fará toda a diferença na sua experiência sobre duas rodas!
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