domingo, 22 de junho de 2025

MANUTENÇÃO - das mais CARAS às mais EM CONTA

Antes de resolver por uma marca, é sempre bom saber sobre custos de manutenção


Salve, motors!

Fig. 1. Tenha a moto que tiver, só tenha a consciência de que manutenção,
apesar do "peso", previne futura dor de cabeça.
Quem nunca se pegou sonhando com aquela máquina de duas rodas, mas logo depois a realidade bate: e a manutenção? Para te ajudar a planejar os gastos e não ter surpresas desagradáveis, mergulhamos fundo nos custos de manutenção pós-venda das princip
ais marcas de motos no Brasil. Separamos tudo em dois grupos para facilitar a sua vida: as mais potentes e as de média/baixa cilindrada.

Prepare-se para descobrir quem pesa mais no bolso e quem é mais camarada com a sua carteira!

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Grupo I: As Máquinas Mais Potentes

Nesse segmento, onde a performance e a tecnologia ditam as regras, os custos de manutenção tendem a ser mais elevados. Afinal, estamos falando de motos que exigem peças mais específicas e mão de obra altamente especializada.

Fig. 2. Por vários motivos, entre as de alta cilindradas, a Harley Davidson é a
detentora do primeiro lugar em altos custos de manutenção.


  1. Harley-Davidson: No topo da lista das mais caras, a manutenção de uma Harley-Davidson é amplamente percebida como um investimento significativo. Proprietários chegam a relatar gastos anuais de R$ 1.000 a R$ 2.000 apenas com manutenção preventiva. A ausência de tabelas de preço fixo online e a dependência de mecânicos especializados e peças muitas vezes importadas contribuem para essa percepção de custo elevado.
    Fig. 3. Kawasaki Z H2. Para quem pensa que "é só trabalhar para comprar uma", não sabe o que é ter que trabalhar o dobro para mantê-la saudável.

  2. Kawasaki: Surpreendentemente, a Kawasaki aparece logo em seguida. Apesar da elogiada confiabilidade de suas motos, os custos de manutenção, especialmente a mão de obra, são descritos como "horríveis", podendo atingir valores entre R$ 6.000 e R$ 7.000 por revisão em alguns modelos.
    Fig. 4. BMW R 1250 GS. Não é impossível ter uma, mas prepare o bolso para deixá-la assim, bonita e rodando.

  3. BMW Motorrad: Reconhecida pela qualidade e precisão, a manutenção da BMW Motorrad é vista como cara.  A primeira revisão de uma R 1250 GS Adventure, por exemplo, custou R$ 1.078 em 2024.  No entanto, a marca tenta mitigar isso com pacotes "Service Inclusive", que prometem economia a longo prazo ao permitir o pagamento antecipado dos serviços.
    Fig. 5. O custo de manutenção de uma Susuki Hayabusa também pode se tornar ainda mais estratosférico.

  4. Suzuki: Para os modelos de alta cilindrada da Suzuki, como a Hayabusa ou a V-Strom 1050/XT, os valores específicos das revisões programadas não são facilmente encontrados online. Isso significa que você precisará entrar em contato direto com uma concessionária para ter uma ideia dos custos, que podem ser significativos.
    Fig. 6. Manter uma Scrambler 400 X, da Triumph, pode ser uma coisa...

    Fig. 7. ...mas, uma Triumph 1200 já precisa de mais bolsos.

  5. Triumph: A Triumph adota uma estratégia interessante. Para seus modelos de alta cilindrada, oferece "Pacotes de Manutenção Triumph" que visam proteger o proprietário contra a inflação. Já para os novos modelos de entrada, como a Speed 400 e a Scrambler 400, as duas primeiras revisões têm um valor promocional de apenas R$ 100,00 cada, incluindo mão de obra, peças e óleo. Bom, o mesmo não pode ser dito a respeito de quem compra e quer manter uma Tiger 900 ou maior, como a 1200. Os custos aumentam, mesmo com pacotes, de acordo com o motor. Não há como fugir. 
    Fig. 8. Yamaha MT-07: até que não fica alto, uma média de R$ 1400,00/ano

  6. Yamaha: A Yamaha tem uma reputação de bom custo-benefício no mercado. Para modelos como a MT-07, um usuário estima um custo médio de R$ 1.400 por ano, mas alerta que esse valor pode triplicar se incluir a troca de pneus. Algumas concessionárias oferecem "preço fechado" para revisões, mas os valores não são detalhados publicamente para todos os modelos de alta cilindrada.
    Fig. 9. Honda CB 650 R - das grandes, uma das de manutenção mais em conta.

  7. Honda: A líder de mercado Honda se destaca por oferecer mão de obra gratuita nas duas primeiras revisões para a maioria de seus modelos, incluindo os de alta cilindrada. A revisão de 1.000 km para uma CB 650R ou CBR 650R ABS, por exemplo, custa R$ 534,93, com a mão de obra inclusa. Sua vasta rede de concessionárias e a ampla disponibilidade de peças contribuem para uma manutenção mais acessível.

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Grupo II: As Companheiras do Dia a Dia

Neste grupo, o custo de manutenção é um fator decisivo na compra, já que essas motos são frequentemente usadas para o dia a dia e trabalho. A previsibilidade dos gastos é um grande diferencial.

Fig. 10. A Royal Enfield pode surpreender o cliente no quesito manutenção, ultrapassando os R$ 1 mil com manutenção anual. Isso, até os 20 mil km, que é parte da garantia. Depois, só Deus sabe.


  1. Royal Enfield: Apesar de oferecer um sistema de revisão com preço fixo em todas as suas concessionárias, os valores da Royal Enfield para modelos de 350cc (como Hunter/Classic/Meteor) chegam a R$ 1.161,96 até 20.000 km. Comparado a outras marcas de entrada, seus custos iniciais de revisão podem ser mais altos.
    Fig. 11. A chinesa Zontes cancela a garantia se as revisões não forem feitas na autorizada.

  2. Zontes: A Zontes também oferece um plano de revisões com preço fixo durante a garantia. No entanto, a marca impõe condições rigorosas: a garantia é cancelada se as revisões não forem feitas na rede autorizada ou se peças paralelas forem usadas. Essa rigidez pode, indiretamente, elevar o custo total para o proprietário. A marca também tem fama de "preços amargos" em suas peças e acessórios originais. 
    Fig. 12. Dafra Maxsym 400i - revisões a preços mais acessíveis.

  3. Dafra: A Dafra promove um "melhor custo-benefício do mercado". A primeira revisão de uma Maxsym 400i, por exemplo, custou R$ 240,00. No entanto, a falta de tabelas de preço fixo completas e publicamente acessíveis para toda a linha dificulta a previsibilidade dos gastos a longo prazo.
    Fig. 13. NX Bros 160 da Honda, surpreende com manutenção mais cara que a CG 160.

  4. Honda: A Honda domina o mercado brasileiro, e modelos como a CG 160 são conhecidos pelo baixo custo de manutenção devido à grande oferta de peças e rede de serviços. A marca oferece mão de obra gratuita nas duas primeiras revisões. Contudo, a Honda NXR Bros 160 se destacou como o modelo mais caro de manter entre as dez motos mais vendidas do Brasil até os 18.000 km, totalizando R$ 4.273,10.
    Fig. 14. A Bajaj Dominar 400 varia de pouco mais de 100 a 900 reais até os 30 mil quilômetros.

  5. Bajaj: A Bajaj tem se esforçado para oferecer serviços acessíveis e transparentes. A marca disponibiliza tabelas de preço fixo para toda a sua linha, com valores que podem ser baixados em PDF. Para uma Dominar 400, a revisão de 1.000 km custa R$ 136,84, e a de 30.000 km, R$ 899,99.
    Fig. 15. DR 160 Haojue tem um valor relativamente baixo de manutenção.

  6. Suzuki - Haojue: A Suzuki Haojue se posiciona de forma muito competitiva com um programa de revisão de preço fixo para toda a sua linha. Os valores variam de R$ 50,00 a R$ 556,00 para serviços até 18.000 km, e a mão de obra da primeira revisão (1.000 km) é gratuita.
    Fig. 16. Yamaha Factor 150 - uma das manutenções mais baratas do país.

  7. Yamaha: A Yamaha é a segunda marca mais vendida no Brasil e se destaca pelo custo-benefício. A Yamaha Factor 150 é, inclusive, a moto mais barata de manter entre as dez mais vendidas do país, com um custo total de serviços de R$ 1.068,00 até os 18.000 km. A marca oferece revisões de qualidade com "preço fechado".

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Conclusão:

Como você pode ver, o custo de manutenção pós-venda é um fator crucial que varia muito entre as marcas e até mesmo entre os modelos. Para os amantes das motos mais potentes, a paixão vem com um preço mais salgado, mas algumas marcas oferecem pacotes que podem suavizar o impacto. Já para quem busca uma companheira para o dia a dia, a boa notícia é que a transparência e os preços fixos estão cada vez mais presentes, facilitando o planejamento financeiro.

Antes de acelerar para a concessionária, pesquise a fundo os custos de manutenção do modelo que você deseja. Isso fará toda a diferença na sua experiência sobre duas rodas!

Até a próxima, motoabrço e continue louco por motos!

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