CB 750 FOUR: 50 ANOS DA MÃE DAS SUPERBIKES

Honda CB 750 Four, considerada a mãe de todas as superbikes, completa 50 anos de vida. E é adorada até hoje por muitos de nós!

E aí, motors?! Todos de boa?

Neste post, quero falar e homenagear uma das motocicletas mais desejadas até hoje, e que completou, em 2018, meio centenário de vida: a Honda CB 750 Four.



Na segunda metade da década de 1960, o mercado de motos de motores mais potentes era dominado pela americana Harley Davidson - com seu Twin de 1.300 cc - e pela inglesa Triumph - com seu bicilíndricos paralelos de 750 cc. Não havia para mais ninguém, em termos de "motos de rua". A moto de maior cilindrada da Honda era, até então, a CB 450 bicilíndrica, que podia atingir incríveis 180 km/h. Mesmo assim, queriam mais, porque desejavam dar um abraço maior no mercado.

Intrigado com isso, o sr. Soichiro Honda foi até à Suíça em busca de novidades que pudessem inspirá-lo numa nova concepção, mas foi de um americano, chamado Bob Hansen, que veio a melhor ideia - também um pouco mais cara -, a que iria mudar muita coisa no conceito mundial sobre motos de grande porte.
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--> Hansen, já de posse de informações sobre a futura Triumph Trident 750, de três cilindros, quis dar um passo a mais no projeto e acabou convencendo o sr. Honda que um motor maior - mesmo que de mesma cilindrada da Trident - pudesse mexer com o público, pois causaria impacto.

Num prazo de 6 meses, ainda naquele ano de 1968, foi desenvolvido e produzido o conceito de um motor de 4 cilindros e 736 cc, de comando único e acionamento central por corrente, que abria as oito válvulas do cabeçote. Nascia, aí, a CB 750 Four.

Em outubro de 1968 ela foi apresentada no Tóquio Motor Show e, em março de 1969, já era a queridinha nas concessionárias norte-americanas.



Na CB 750 Four estava concentrada toda a tecnologia que a Honda já havia adquirido até então, seja nas vitórias conquistadas na Motovelocidade, seja na Fórmula 1. Nenhuma outra moto, na época, conseguia chegar aos 200 km horários reais, como a 750 atingia.

A Honda já tinha um nome a zelar, reconhecido também na Europa, ao enviar para lá sua CB 450 DOHC, que não ficava atrás das europeias de cilindradas próximas. Então, ao lançar a 750 Four, não foi tão difícil conquistar também aquele mercado - pois, os americanos já babavam por ela -, muito menos, o resto do mundo.



Suas determinações eram definidas pela letra "K". Assim, foram lançadas as versões K0 - as primeiras que saíram - até K6, nos finais dos anos 70. Para o Brasil, de forma legal, vieram as versões K0 a K2, que foram comercializas até cerca de 1975 e, mais tarde, a K6, comercializada até que o governo Geisel limitasse as importações. Ridículo, mas acabou criando gerações inteiras de fãs inveterados da "sete-galo".



O fato de ela ter se tornado um ícone na história do motociclismo doméstico deu-se pelo fato de, primeiro, ser uma motocicleta tecnicamente bem elaborada, dar a velocidade e a estabilidade tão desejadas pelo motociclista e, por conseguinte, sua beleza. Em todas as suas versões é uma bela moto, sem dúvida. Motor altamente confiável também é sua marca.



Hoje em dia, é fácil encontrar grupos de proprietários que conseguiram manter suas CB 750 Four e não conseguem vendê-las, mas não por causa do mercado, mas por eles mesmos não quererem se desfazer das suas tetracilíndricas. Já ouviu o barulho que ela produz???? É de tirar o fôlego, irmão!!

Parabéns à cinquentona. Que venham mais cinquenta anos de prazer em pilotar.

Um motoabraço e até a próxima!




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