SCOOTERS E MOTOS ELÉTRICAS: PARA QUEM VALE A PENA?

Olá, meus amigos e amigas motocas, tudo bem com vocês?

O lance aqui é colocar em discussão se vale a pena comprar uma scooter ou uma moto elétrica e usá-la no dia a dia. 

Fig. 1. Modelos como esta moto com bike ainda não
estão disponíveis no Brasil.

Fig. 2. Os patinetes elétricos são
os "pais" da ideia, pode-se dizer.
De fato, tais veículos têm conquistado os corações, digamos, mais verdes, pessoas de consciência ecológica querendo dar sua contribuição ao meio ambiente. Uma das promessas dos veículos elétricos é justamente a de não poluir, ou evitar mais de 90% da emissão de gases nocivos à atmosfera e, consequentemente, ao homem. Sem falar que o petróleo é, sim, um recurso esgotável e já está apontando para a extinção.


Mas, há algo mais - além do ecologicamente correto - nas motos e scooters elétricos que chamam a atenção das pessoas. O fato de poder economizar na conta do gasto de combustível, aquele que utiliza uma scooter ou moto elétrica terá, no final do mês, uma economia visivelmente grande. Aquele que utiliza seu carro para ir comprar o jornal a duas quadras de casa e tomar uma brejinha com os amigos, vai sentir no bolso o quanto a eletricidade pode ser aliada no orçamento de casa. Enfim, poderia citar aqui um punhado de outros exemplos, só para afirmar que a eletricidade veio para ficar e ajudar a humanidade também no seu orçamento mensal.

Fig. 3. Um dos modelos bastante procurados é o estilo "chopper", como esta da Mormaii.

Além disso, como todo e qualquer lançamento ou novidade, vem também a vontade intrínseca do ser
em "poder ter uma dessas". Alia-se a vontade de ter ao que a mídia divulga, é venda certa. Mas, esse tipo de comprador é o mesmo que estará colocando seu investimento à venda em poucos meses após a compra. O que está na moda não quer dizer que seja a solução. Então, cuidado na escolha, pois ainda é um veículo seleto e com procura ainda tímida no mercado.

Fig. 4. Há modelos diversos e para
todos os fins e gostos. Esta, por exemplo.
não é das mais bonitas, mas é útil.
Para aqueles que trabalham com motos, nem pensar! Jamais utilize uma elétrica como seu meio de transporte e entregas, pois a cada 50 km, em média, será necessário recarregar a bateria. E
vocês, meus amigos, rodam muito mais do que isso, porque sei. Sem falar, que esses ciclomotores e scooters não possuem a mesma estrutura, força e capacidade de trancos que, por exemplo, uma CG Titan possui, pois essa última, sim, foi feita pra guerra. As elétricas não aguentam a mesma porrada, acredite.

As indústrias estão inchando o mercado com vários modelos, com visuais que vão do engraçado e do feio ao exótico e o bonito. Tem preços e modelos para todos os bolsos e gostos. Dentre as scooters, os modelos mais procurados são os estilos choppers, com rodas mais largas, com ou sem tanque simulado. Pelo seu estilo e visual, combinado com preços acessíveis, é que tem chamado a atenção do mercado tupiniquim.

Os tipos são os mais variados, partindo dos patinetes e indo até motos de alta cilindrada. Novos conceitos e novos modelos vão sendo lançados a cada mês, com variedades incríveis no design, na potência e na autonomia. Modelos melhores, claro, preços mais altos. E alguns nem no Brasil estão ou estarão disponíveis tão cedo.

Fig. 5. A Livewire é a primeira moto elétrica da lendária
marca Harley-Davidson.


Marca famosa por sua história, até a Harley-Davidson surpreendeu o mundo quando lançou sua primeira moto elétrica, a Livewire, que foi apresentada na Consumer Electronics Show (CES) de 2019, nos EUA. 

A pegada futurista é essa, e não vai cair de moda. A tendência mundial do mercado, não só de motos,
como o automobilístico em geral - e, pasme, até mesmo o aeroviário - serão os motores elétricos tomando o lugar dos de combustão. A profissão de mecânico, como a conhecemos, está fadada a desaparecer com o tempo, dando lugar aos engenheiros de eletrônica. E, pelo andar da carruagem, pelo menos em países mais avançados, em menos de 40 anos isso já será uma realidade.

Ainda não há leis que regularizem o vai e vem das pequenas elétricas, mas em breve, aparecerão, pois, no Brasil, infelizmente, tem que acontecer algo mais grave para que uma lei entre em vigor, não é? Por enquanto, na maior parte do país, ainda é permitido rodar sem capacete na maioria dos modelos - exceto as de cilindradas mais altas, claro - e, não menos importante, não são exigidas placas para identificá-las. Um dos problemas que isso pode trazer é o roubo e o comércio de peças de forma ilícita. 

Fig. 6. Moto elétrica de alto desempenho. Rápida e silenciosa.

Concluindo, é um mercado ainda novo, mas que vai pegar, com certeza. Aliás, já pegou, à medida que vemos nas ruas um aumento incessante de scooters rodando. Mas, só pra lembrar, mesmo sendo elétrica, a maioria de seus componentes ainda utilizam matérias-primas de origem exploratória, como os pneus, por exemplo. Então, nem tão 100% ecológica elas são, assim.

Se eu compraria uma para mim? Somente para ir ao escritório ou para minha esposa ir trabalhar, ou irmos ao mercadinho fazer uma comprinha de urgência. Não mais do que isso. 

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