ITALJET DRAGSTER - da série "Motos que não teremos no Brasil"

Italjet Dragster - da série "Motos que não teremos no Brasil"

Salve, motors!

É incrível como o mercado tupiniquim tem sido mal alimentado por tanto tempo, especialmente, quando o assunto são veículos - não importa quais.

Fig. 1 a 3. As cores da Dragster: Preta, Vermelha e Amarela.




Um bom exemplo são as motos, ou melhor, as scooters pra lá de especiais da marca italiana Italjet, que tem por enquanto um projeto único, chamado Dragstar. E ele vem em duas motorizações: 125 e 200 cilindradas.

Até que a capacidade do motor não surpreende muito, até você conhecer o conjunto da obra. A Dragster 125, por exemplo, fornece potência de 14,9 cv a 10000 rpm e torque de 1,3 kgfm a 7750 rpm. Para efeito de comparação, a Neo 125 da Yamaha fornece potência de 9,8 cv a 8000 rpm e torque de 1 kgfm a 9500 rpm. Já a Dragster 200 oferece incríveis 19,8 cv a 8250 rpm e torque de 1,17 kgfm a 6250 rpm. Ambos são monocilíndricos, DOHC, com câmbio CVT, 4 tempos e refrigerados a água, duplo comando de válvulas e 4 válvulas com injeção eletrônica Magneti Marelli. 

Fig. 4. Motor da Dragster 200

Partindo do motor para o design, é que a gente fica mesmo impressionado, devido ao visualzão arrojado. Ela é completamente diferente dos padrões scooterianos que conhecemos aqui no Brasil, com exceção das ADVs da Honda que, na minha opinião, são diferentonas, mais robustas e muito bonitas. O mais curioso é que, devido ao fato de seu exoesqueleto, ou melhor, seu quadro ficar a maior parte exposto, já traz a impressão de ser uma scooter mais forte e pronta para desafios mais duros. É claro que não se trata de uma trail, mas ela oferece mais segurança em estradas não pavimentadas do que suas concorrentes carenadas. 

Fig. 5. Uma scooter diferentona, mas bela.

Fig. 6. Amarelo com preto pega bem, não?


Sua estética hiperesportiva lhe rendeu o carinho apelido de "urban superbike", ou supermoto urbana, em português. Um dos elementos que mais inovaram as Dragsters da Italjet, e patenteado pela empresa, é o ISS, abreviação para Sistema de Direção Independente. Na verdade, isso se refere a um braço oscilante de alumínio forjado de um lado, e ancorado na roda dianteira, com um chassi de estrutura tubular em aço combinado com peças de alumínio. 

Fig. 7. ISS, o sistema de direção independente.



Fig. 8. O "exoesqueleto" da Dragster é 90% visível

No mais, elas possuem iluminação em LED,  painel digital, tanque de combustível com capacidade para 9 litros, amortecedor traseiro único que, aliás, torna a pilotagem dessas scooters algo bem diferente das convencionais, altura do assento de 770 milímetros, rodas em alumínio, com aros de 12 e 13 polegadas na dianteira e na traseira, respectivamente. 

Fig. 9. O monoamortecedor hidráulico torna a pilotagem mais segura.

Fig. 10. Aro 13 na traseira e 12 na dianteira e uma boa maneabilidade.

O melhor de tudo é que essa é uma scooter personalizável, isto é, seu proprietário pode comprar separadamente acessórios para equipá-la à sua maneira. Em termos de preço, no mercado italiano a versão de 150 cc tem preço de fábrica a 5.490 Euros e, a versão de 200 cc, 5.790 Euros. É claro que, chegando aqui nessas terras onde os portugueses aportaram há 523 anos, os valores delas podem alcançar facilmente os 30 mil reais, competindo com o preço da Yamaha XMax 350, cotado a R$ 30.690,00 em abril de 2023. No entanto, por enquanto não há planos da marca italiana para cá.

Fig. 11. Farol traseiro da Dragster.






Fontes:
http://www.italjet.com/en/p/dragster
https://luna.ac/ficha-tecnica/motos/Italjet/Dragster%20200/2019
https://garagem360.com.br/yamaha-neo-125-2023/

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