KTM Duke 390: montada no Brasil, mas com peças da Índia
Como muita gente
diz, o brasileiro acha que é pobre, só acha. Sim, porque nós,
tupiniquins, somos bombardeados com tantos impostos que nossos
produtos acabam ficando entre os mais caros do mundo. Quem compra
veículos – motos, carros e outros – sabe muito bem o que estou
falando.
Vejamos: a austríaca
KTM acaba de chegar ao país, depois de um acordo de parceria com a
Dafra. Suas motos “de entrada”, a Duke 200 e a Duke 390, já
estão sendo comercializadas no país e montadas em Manaus. Contudo,
as peças – pelo menos, a maioria – vêm da Índia, o que acaba
causando sobretaxamento até chegarmos ao preço final. Coisa de
governo sem respeito ao consumidor, mas, infelizmente, é o que temos
para o momento.
Já é um absurdo
quando o produto é fabricado e montado em solo brasuca, pois as
empresas têm que pagar tanta coisa para o famigerado governo,
imagine quando esse produto precisa ter peças importadas para ser
montado aqui? Além das taxas de importação e tudo mais, o governo
ainda mantém suas taxas (com algumas alteraçõezinhas aqui e ali)
convencionais sobre a comercialização deste produto.
Particularmente,
acho isso uma falta de respeito muito grande com o cidadão, com o
consumidor. Mas, vamos levando, uma hora, isso tem que mudar.
Sobre a moto
A Duke 390, uma das
novidades para 2016 no setor motociclístico tupiniquim, é uma naked
média de respeito. Com 44 cv de potência e motor monocilíndrico de
375 cm3, refrigerado a líquido, possui funcionamento que
a relaciona às pistas de corrida, pois ele funciona muito bem nos
giros mais altos (10.000 rpm). Sua velocidade é melhorada devido ao
peso: 150 kg. O chassi em aço treliçado e a balança traseira em
alumínio ajudaram nessa vantagem.
Ergonomicamente
falando, a KTM Duke 390 também não deixa a desejar. Guidão possui
altura ideal, que ocasiona mais conforto e posição de segurança ao
piloto. O painel em LED traz informações de velocidade, distância
(e tempo de viagem) percorrida, temperatura do líquido de
arrefecimento e a marcha atual. O contagiros, também digital, possui
uma lâmpada que indica a hora de mudar de marcha, quando necessário.
O tanque pode
parecer grande, devido à capa que o protege, mas recebe até 11
litros de combustível. Por ser um motor que não bebe tanto, e para
uma moto que “precisa” ser mesmo mais maneira, está de bom
tamanho.
A KTM Duke 390 pode
até pegar pelo desempenho, mas acaba sendo uma moto não tão
agradável, se usada no cotidiano. Isso, até mesmo devido sua cor
(laranja com preto, padrão KTM para a parte brasuca do planeta),
agravado pelo assento, que é duro, e pelas pedaleiras curtas. Para
fins de semana e viagens curtíssimas, além do território urbano,
uma boa moto. Mas, pagar R$ 21.990 só pra fins de semana (e, ainda assim, rodar só por perto) é de se
pensar duas vezes.
Motoabraço!
Fotos: Divulgação
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