Mostrando postagens com marcador história dos motoclubes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador história dos motoclubes. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 21 de junho de 2010

De Goiânia a Joinville em 2 Rodas - Parte 1

Joinville fica cerca de 1330 km de Goiânia, tirando a média obtida entre duas diferentes rotas: pela BR-153, passando por Frutal-MG, e pela Via Anhanguera, passando por Americana-SP.
No dia 03 de junho de 2010, eu e mais quatro irmãos de motoclube partimos rumo ao sul. Sem pressa, e em velocidade cruzeiro entre 110-120 km, formamos um trem com três Shadow 600, uma Tornado 250 cc e uma Harley-Davidson Sportster 883.
 Da esquerda para a direita: eu (o blogueiro que vos escreve), Márcio, Xavier,
Watts e Wilson. Nesta foto, já nos encontrávamos em Joinville-SC.

Nossas "garotas": asfalto ruim, elas reclamam, mesmo.

Na ida, decidimos ir pela BR-153, pois o que sabíamos era que a distância era menor e que economizaríamos por volta de 200 km. O fato de dizerem também que a rodovia estava muito boa pesou na decisão - aliás, eu mesmo havia passado por ela em fevereiro deste ano, e estava tudo perfeito. Para carros, vale dizer.
Mal passamos o trevo de acesso ao Prata, tivemos que parar, devido ao conserto que estão fazendo na rodovia. Foram mais de 60 minutos de espera, mas, até aí tudo bem, já que não tínhamos pressa em chegar.
Alguns quilômetros depois, o primeiro problema, devido a trepidações causadas pelas ranhuras, ondulações e imperfeições do asfalto: alguns pertences pessoais do diretor regional dos Forasteiros (facção Goiânia, à qual pertenço) foram jogados em algum lugar fora do asfalto, já que retornamos para tentar encontrá-los e não tivemos sucesso.
 Watts, Wilson, Márcio e eu esperando a liberação da pista para continuarmos
a viagem. Foto: Xavier.

Pouco depois, não muito longe dali, mas já depois de Frutal, problema em uma das Shadow: o parafuso que firma o pedal de câmbio soltou-se, também devido aos problemas da pista, e sumiu do mapa. A sorte é que nosso irmão Wilson, que a pilotava, percebeu a tempo de evitar um problema muito maior, já que o pedal, que estava seguro apenas pela haste, poderia atingir o asfalto, ficar preso e causar um acidente, além de tudo. Mais uma vez parados, Xavier e eu fomos até Frutal, em pleno feriado de quinta-feira (03), procurar um parafuso que servisse para prender o pedal. Problema resolvido, uma hora e poucos minutos depois, continuamos a estrada.
 Parafuso de sustentação do pedal do câmbio soltou-se com as trepidações
que ocorrem na BR-153 (trecho mineiro).
 
No dia seguinte, outro problema surgiu com outra Shadow devido às trepidações da 153, que foi percebido poucos quilômetros antes de entrarmos no estado do Paraná: o lado esquerdo do suporte do alforje se partiu, de forma a perder o pedaço do mesmo. Mas, não houve problema maior: apenas o amarramos devidamente, para que a bolsa não pegasse no pneu.
Devido a tantos atrasos em um só dia, especialmente, no primeiro, fizemos pouso na cidade de Lins-SP, no  Hotel dos Viajantes, situado na rua Olavo Bilac, 870, Centro. Muito bem recebidos, preços super accessíveis, com café da manhã incluso. Vão por mim: sem luxo, mas com tudo o que nós estradeiros precisamos.
 Pausa para foto do blogueiro que vos escreve e sua "garota de estrada".

O dia amanheceu um pouco frio e com neblina fraca. Mesmo assim, prosseguimos. À medida que descíamos para o estado do Paraná, desciam, também, a temperatura, a névoa e a garoa. Querem saber? Às vezes, dá vontade de parar e esperar aquele frio todo passar, mas, daí, começa a vir a vontade de chegar e tomar alguma coisa bem quente, como uma bela dose de whisky ou vodka, por exemplo (rsrsrs).
Quanto aos pedágios: particularmente, sou a favor da privatização das rodovias, mesmo porque, os governos que entram e saem nunca fazem a devida manutenção, o que seria de sua obrigação. Mas, daí cobrar preços absurdos de motociclistas, é outro assunto. Começamos a pagar, nos primeiros dois ou três pedágios, apenas R$ 0,65. Depois desses, passamos a pagar R$ 1,30, R$ 2,80, R$ 3,60 e, por fim, na altura de Jacarezinho-PR, você vai pagar pouco mais de R$ 6,00!! Não quero afirmar que tem algo errado nisso, mas que cheira a sujeira, isso é indiscutível. Como é possível, a não ser por abuso e ganância, cobrarem um valor tão absurdo desses por uma motocicleta, que não danifica a rodovia nem 5% do que um automóvel médio faz? Comente algo, se quiser, pois eu já estou indignado com isso desde que passei por lá.
Pedágio em Jacarezinho, vindo pela BR-153: simples abuso? Roubo? Estupidez?

Chegamos a Curitiba, já para encontrar alguns de nossos irmãos forasteiros, por volta das 18h30, sob chuva de média monta, um frio de dar nó nos dedos (cerca de 4 graus, tirando a sensação térmica, que sobre uma motocicleta em movimento, é bem abaixo disso).
O dia seguinte guardava surpresas para nós. E isso será contado depois, em um novo post. Moto-abraços a todos. Valeu!

terça-feira, 26 de maio de 2009

História dos Motoclubes

--------------------------------------------------------------
Encontrei este artigo na Internet e, assim como fez quem o postou, estou transcrevendo-o para este blog, pois não encontrei maneira melhor do que usar o texto original. É de autoria de alguém com o apelido "DuKe", ao qual agradeço pelo boa redação.

COMO COMEÇARAM OS MOTO CLUBES?
Moto Clube, ao contrário do que os leigos e desinformados pensam, não é um grupo de motociclistas que se reúnem para lazer e seus integrantes usam nas costas um brasão por estética! Moto Clubes são associações baseadas na Irmandade e Tradição. Hoje em dia precisamos diferenciar os verdadeiros Moto Clubes (aqueles baseados nos verdadeiros princípios do "motoclubismo") das centenas de outros grupos de motociclistas que existem. Podemos citar como exemplo os "caçadores de troféus": grupos ou pessoas que vestem colete e usam um brasão qualquer nas costas, sem saber seu real significado, apenas para conseguir lembranças em eventos.
Informação histórica do surgimento:
A história do surgimento dos Moto Clubes é, de certa forma, complexa. Pesquisando, você encontra informações que associam o surgimento, em parte, ao final da Segunda Guerra, onde ex-militares e pilotos no pós guerra teriam feito da moto o veículo para a busca da adrenalina, formando diversos grupos, tais como: Pissed Bastards, 13 Rebels e Yellow Jackets, esses da Califórnia. Nessa época já usavam uma identificação do grupo e, mais tarde, foram desenvolvendo os escudos (brasões) que passaram a defender e adaptavam as regras da hierarquia militar em uma irmandade formada por cargos eletivos das associações.
Sabemos que, muito antes disto, os motociclistas já haviam percebido as vantagens de andar em grupo e já existiam associações que eram entidades sociais formadas por pessoas que andavam de moto. No Brasil, a primeira associação, fundada em 1927, foi o Moto Club do Brasil, sediado na Rua Ceará, na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro, onde hoje funciona uma boate underground chamada Garage.
A Rua Ceará é referência para motociclistas, pois ali estão as sedes de alguns dos Moto Clubes mais tradicionais (Balaios, Carcarás, Desert Eagles, além dos Abutres, cuja sede fica na rua ao lado). Durante o dia, funcionam diversas oficinas especializadas em consertos e personalização de motocicletas e triciclos e algumas lojas de peças de motos e produtos para motociclistas. Quando a noite cai, o movimento da rua cresce com os frequentadores da Vila Mimosa (zona de meretrício que ocupa ruas próximas), que se misturam com os jovens que frequentam o Garage e os motociclistas que procuram os bares da Rua Ceará. O mais famoso deles é o Heavy Duty, cujo proprietário, Zeca, é também motociclista, integrante dos Balaios. Nos fins de semana sempre acontecem reuniões de motociclistas e, uma vez por mês, o Zeca promove um grande e concorrido churrasco em plena rua, que fica totalmente tomada pelas motocicletas.
Alguns anos depois, mais precisamente em 1932, surgiu o Motoclub de Campos. Lá fora, nesta época (década de trinta) estavam surgindo Moto Clubes com tendências mais rígidas e muitos acontecimentos vieram a denegrir a imagem dos motociclistas, principalmente pela imprensa sensacionalista da época, que acusava os motociclistas de arruaceiros e desordeiros. Mais tarde, algumas produções de Hollywood serviram para incentivar verdadeiros predadores a criarem Moto Clubes e constituir verdadeiras gangues, o que fez da década de 50 uma página negra na história do motociclismo. Aí está o porque do motociclista, ainda nos dias de hoje, ser muitas vezes visto como mau elemento.
Mas isso está mudando, pena que ainda somos confundidos com motoqueiros que aparecem em nossos encontros fazendo arruaça (estouro de escapamento, borrachão com pneu e etc) ou até mesmo promovem encontros que são, na verdade, feiras comerciais e nada a têm a ver com nossos princípios.
Mais tarde, já na década de 60, as motocicletas voltaram a ser tema de Hollywood com Elvis Presley, Roustabout e Steve McQueen com A Grande Fuga, uma série de filmes que chegou ao seu auge com Easy Rider. Finalmente inicia-se a mudança da imagem do motociclista com o início da fase romântica do motociclismo, que perdurou até o final da década de 70. Este periodo fixou o motociclista como ícone de liberdade e resistência para o sistema. No Brasil nessa época surgiu em São Paulo-SP o Zapata MC (1963) e, já no final da década, no Rio de Janeiro, o Balaios MC (1969), grupo este que já seguia os novos padrões internacionais e o princípio de irmandade.
A partir da década de 70, viu-se o surgimento de diversos Moto Clubes pelo mundo, a maioria já seguindo o princípio de hierarquia e irmandade. No Brasil, a popularização iniciou-se na década de 90, quando diversos fatores já contribuíam como a disseminação de marcas de motos pelo mundo e a liberação da importação pelo governo do presidente Collor. Hoje muita coisa anda desvirtuada, Moto Clubes são criados à revelia, por pessoas que desconhecem a história e sequer sabem o significado de um brasão e muito menos seguem o princípio de irmandade. Os Moto Clubes autênticos são forçados a criar campanhas para evitar abusos e coibir arruaceiros em seus eventos, em contrapartida a cada dia são criados novos eventos que nada têm a ver com as tradições, na verdade são eventos que enriquecem empresários que se aproveitam da popularidade para atrair admiradores de motos, já que os motociclistas autênticos passam longe...
Algumas definições:
MC: Sigla de abreviatura de Moto Clube, em inglês: Motorcycle Club. Moto Clube ou Motoclube: No Brasil a forma correta é Moto Clube separado, em inglês seria Motorcycle Club. Essa regra só não é válida para nomes próprios como "Motoclub de Campos".
É preciso fazer um esclarecimento sobre a forma de se referir a quem anda de moto: muitas pessoas, desavisadamente e sem intenção de ofender, nos chamam de motoqueiros, sem saber que muitos se ofendem seriamente com este tratamento. Nos dicionários, motociclista e motoqueiro significam a mesma coisa: pessoa que anda de moto. Mas, no meio motociclísitco, existe uma diferença: motoqueiro é aquele que pilota fazendo bandalha (passa pelas calçadas, quebra espelhos dos carros, etc), desrespeita as leis de trânsito, faz arruaça em eventos. Motoqueiro não é o entregador de pizza ou motoboy, como muitos pensam.
Dados:
Pela ordem, os cinco Moto Clubes nacionais mais antigos:
1927 - Moto Clube do Brasil
1932 - Motoclub de Campos
1947 - MC de Petrópolis (Fundado em 13 de Março de 1947, registrado em 15 de Maio de 1951).
1963 - Zapata M.C.
1969 - Balaios M.C.
Obs .: É importante ressaltar que a ordem acima apenas cita as agremiações mais antigas que usavam ou ainda usam o Termo "Moto Clube". Lembramos no entanto que desconhecemos seus propósitos sendo importante ressaltar que existem outras agremiações na qual não podemos precisar as datas mas que também existiram como Piratininga MC e Centauro MC.
O maior no mundo e o maior no Brasil:
O maior MC no Mundo: HELLS ANGELS MC (EUA - Fundado em 1948 em San Bernadino).
No Brasil: ABUTRE'S MC - Raça em Extinção (Fundado em 1989, sede nacional em São Paulo-SP).

Autor do texto: DuKe.

As Tecnologias Embarcadas nas Novas Motocicletas

  Alguns modelos só faltam andar sozinhos Salve, Motors! Para nós, apaixonados por duas rodas, a evolução das motocicletas tem sido um espet...