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terça-feira, 24 de junho de 2025

Nova YAMAHA TÉNÉRÉ 700 2025: Inspirada no Rally

Seja em alta ou em baixa, seu motor entrega o que promete


Salve, Motors!

Preparados para acelerar a imaginação e talvez o motor? Hoje vamos mergulhar no universo da Yamaha Ténéré 700, uma moto que tem dado que falar e, pelo que as fontes nos contam, com toda a razão! Se você é daqueles que sonham em conquistar trilhas desafiadoras ou devorar quilômetros de asfalto, a Ténéré 700 promete ser sua parceira ideal.


Ténéré 700/2025 - Entrega o que promete

A alma desta máquina é o renomado motor CP2 (crossplane bicilíndrico) de 689cc, que entrega 68,9cv e 6,6 kgf.m de torque. Pelo que o Jorge Casais nos conta, mesmo sendo um 700cc, ele não se envergonha perto das concorrentes de maior cilindrada, exibindo torque, acelerações e retomadas admiráveis. O acelerador eletrônico YCC-T garante um torque constante em todas as rotações, proporcionando uma pilotagem precisa e eficiente. Ele é descrito como "bravo quando é necessário, mas também dócil quando queremos". Inclusive, em baixas rotações, é possível controlar a moto com facilidade, subindo trilhas com pedra solta em quarta velocidade, sem o motor falhar. É a tal docilidade que nos surpreende!


Motor CP2, bicilíndrico, de 689 cc


O design da Ténéré 700 é pura inspiração no rali, um legado vitorioso que se traduz em ergonomia e uma pilotagem única. Com uma silhueta vertical clássica, frente alta e traseira compacta, ela entrega performance e conforto. Além disso, a carenagem compacta e o assento plano garantem agilidade e liberdade de movimento, seja sentado ou em pé. O farol de LED quádruplo, com seu suporte em formato de "Y", reforça o visual icônico e oferece iluminação otimizada para qualquer hora do dia ou da noite. Ah, e falando em conforto, é surpreendentemente confortável, mesmo com o banco de origem.


Design da Ténéré 700 - inspirado no Rally


A robustez da Ténéré 700 é inquestionável. Testada no programa de Rali-Raid da Yamaha, ela combina força e leveza com seu quadro de berço duplo em aço tubular. Essa construção, aliada a uma curta distância entre eixos e um chassi estreito, confere à moto uma agilidade impressionante. Para encarar qualquer terreno, ela conta com uma suspensão de longo curso de 210 mm, resultando em 240 mm de distância ao solo. A suspensão dianteira invertida (43 mm, com regulagem de pré-carga) e a traseira ajustável com depósito piggyback trabalham em harmonia, mesmo nas condições mais extremas. As pedaleiras amplas, o assento plano e as proteções para as mãos e o motor complementam o pacote de resistência. E se a queda acontecer, uma grande vantagem em relação à Super Ténéré, por exemplo, é o peso: a T7 pesa cerca de 200 kg, uma diferença substancial para os quase 300 kg da ST, facilitando muito na hora de levantar a moto.


Quadro de berço duplo em aço tubular.


No quesito tecnologia, a Ténéré 700 busca o equilíbrio entre o essencial e o inovador. Embora o Jorge Casais aprecie a mecânica "muito básica" e os "poucos gadgets tecnológicos", seguindo o lema "keep it simple, and you ride everywhere", a Yamaha nos apresenta recursos que otimizam a experiência. Ela possui um painel vertical com tela TFT de 6,3 polegadas e dois temas, focados nas informações cruciais. Além disso, oferece conectividade Bluetooth via aplicativo Yamaha Motorcycle Connect (Y-Connect), permitindo atender chamadas, ouvir música e usar navegação "turn-by-turn". Para recarregar dispositivos, há uma tomada USB Tipo-C protegida por tampa à prova d'água. E para a segurança e controle, o ABS e o TCS (controle de tração) são ajustáveis por um botão. O ABS, por exemplo, oferece três modos, inclusive a desativação nas duas rodas ou apenas na roda traseira, e o controle de tração pode ser desligado diretamente no painel, dando total controle em terrenos desafiadores.


Tomada USB tipo C para celulares e acessórios.


Yamaha Motorcycle Connect - tecnologia ao alcance das mãos.


Joystick permite um melhor controle dos comandos.


Na estrada, a Ténéré 700 roda muito bem, com um motor suave para viagens legais e potência de sobra para ultrapassagens rápidas, sem a necessidade de passar caixa. O conjunto motor/quadro é tão bem concebido que não apresenta vibrações incômodas em longas tiradas. O único "senão" do Jorge Casais é o windshield que deixa passar alguma aragem, mas ele já buscou uma solução. Em estradas sinuosas, de montanha, ela se segura "muito bem, mesmo muito bem", com a ajuda dos pneus Pirelli Scorpion STR Rally.


Na estrada, potência, equilíbrio e conforto.


No off-road, mesmo para um "aprendiz de feiticeiro" como o Jorge, a T7 se mostra "muito boa", com o motor sempre disponível. E, sim, ela é fantástica em terra, mesmo que a experiência seja limitada a estradões e percursos tipo ACT. Embora ele não tenha experimentado areia, a versatilidade dos pneus pode deixar a desejar em lama, que ele detesta. Um ponto que faz toda a diferença para muitos é a possibilidade de ser rebaixada; no caso do Jorge, que é de "perna curta", 1 cm fez toda a diferença na confiança.

Preço sugerido

No site da Yamaha, o preço sugerido - sem contar frete e seguro de frete - é de R$ 79.990,00. Mais barata que um BYD. :)

Em suma, a Yamaha Ténéré 700 é uma moto que cativa pelo seu equilíbrio entre performance, versatilidade e design aventureiro. Ela consegue ser brava e dócil, confortável para longas viagens e ágil em terrenos desafiadores. É a máquina que te leva por bons e maus caminhos, com uma filosofia clara de aventura.

Motoabraço e até a próxima!


segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

TENERÉ 250: O ADEUS A UMA PEQUENA ESTRELA

E aí, motors? Tuudo bem?

Seguinte, foi com imensa insatisfação e tristeza que encarei a notícia de que a Yamaha irá descontinuar a produção da Teneré 250, já a partir de 2019.

Fig. 1. Ted Mota conseguiu resumir, nesta imagem, o que sentimos com
a notícia da descontinuação da produção da Teneré 250

E com razão, primeiro, porque suas vendas alcançaram milhares de unidades no Brasil inteiro e, segundo, a Yamaha faz isso só e somente só por questões de marketing e, claro, de encarecimento do novo modelo substituto, que será a Lander. Me pergunto por que não descontinuaram - há mais tempo - a Lander, ao invés da Teneré, que poderia ter passado por algumas pequenas melhoras e mantido seu nome na lista das trails médias mais queridas. Vai saber...

Fig. 2. Modelos mais recentes (2017) da Teneré 250

A Tenerezinha, que tantos outros apelidos carinhosos ganhou, tem ainda uma legião de proprietários e fãs pelo Brasil inteiro, em grupos de whatsapp, Facebook, motogrupos e outros inteiramente dedicados a falar sobre ela e também sobre as aventuras que ela proporcionou e ainda proporciona.

O fato é que não só a moto é muito boa, como também traz um nome de peso, afinal, a Tenerezinha, quando surgiu em 2010, foi baseada nas grandes campeãs do Rallly Paris-Dakar, as Tenerés 660 e Super Teneré. O motor, de 250 cc, é o mesmo usado na tão querida - e também ótima moto - Fazer 250 e no da Lander, que dará continuidade à categoria. Ainda continuo sem entender o motivo real de sumirem com o nome Teneré e manter o Lander... O nome Lander nunca ganhou nada, até onde eu sei (se estou desinformado, por favor, deixe nos comentários, sim?)  :)

Fig. 3. Teneré 250 ano 2010. Sua primeira versão.

Eu, mesmo, sou proprietário de uma. A não ser o fato da "fragilidade" encontrada no quadro, especialmente, sob o banco do passageiro (leia sobre o assunto clicando aqui), afirmo ser uma motocicleta de boa performance, grande economia e confortável. Até mesmo para a garupa (minha namorada nunca reclamou, nem nas viagens que fizemos).

Fig. 3. Já essa, modelo 2011, é a minha Tetê. :) 

Um amigo, também proprietário de uma Teneré 250 ano 2017, e diretor de um motoclube aqui de Goiânia, acabou de chegar de uma big viagem por 13 países da América do Sul durante 70 dias! Sua saga pode ser conferida no blog do Presi, neste link: DIÁRIO DO PRESI.

Aqui, fica nossa - acho que posso dizer - indignação, mas, ao mesmo tempo, nosso agradecimento por esses 8 anos de existência da Teneré 250. E que a nova Lander não decepcione. Mais uma vez: por que não continuaram com o nome Teneré, meu Deus????

Fig. 4. Modelo 2016.
A foto do início deste artigo foi feita pelo amigo Ted Mota, de Goiânia, e simboliza não só a "despedida", mas o carinho que nós temos pelas nossas motocas. Bela foto, Ted!

Fig. 5. Modelo 2018

sexta-feira, 25 de junho de 2010

De Goiânia a Joinville em 2 Rodas - Parte 2

Em Joinville e São Francisco do Sul

Em Joinville, fica outra facção da sede do Forasteiro's Motoclube. A sede principal fica em Curitiba. Depois de chegarmos à capital paranaense e passarmos a noite por lá (aliás, estamos gratos ao nosso irmão Ademir, que nos cedeu sua paciência, atenção e casa para nos hospedar), partimos no sábado cedo para Joinville, num trem que reuniu 21 motocicletas. Forasteiros na estrada, rumo a Santa Catarina.
 Forasteiros a caminho de Joinville-SC.

 Sede da facção catarinense do Forasteiro's M.C. Joinville

Chegamos ainda na parte da manhã e fomos direto para nossa sede que, por sinal, está muito bem estruturada e confortável até por demais. Aproveito, aqui, para parabenizar também aos irmãos catarinenses pela bela sede e agradecer pela honrosa recepção.
Na parte da tarde, depois de um merecido descanso (já que havíamos chegado de uma viagem de mil e poucos quilômetros no dia anterior), nos dirigimos em peso à praça do Mercado Central de Joinville, a fim de conhecer o movimento, ver as lindas catarinenses e, claro, tomar umas geladas, pois o tempo estava perfeito para isso.

 Nossas "garotas" em frente à sede de Joinville. Prontas para mais uma estradinha.

 Forasteiros na praça do Mercado de Joinville: eu, Peter, Boca, Ademir,
Márcio, Rafael e Alexandre.

A cidade de Joinville, apesar dos problemas com as enchentes desse ano, é uma cidade bastante acolhedora, bonita e conta com um clima mais ameno do que o de Curitiba, que fica no alto das serras. Joinville tem uma mistura da brisa que vem do mar e do friozinho das serras em volta da cidade, tornando-a temperada e ótima para se rodar de motos. Há, porém, um anteposto a isso: é uma cidade onde se chove muito, mas, naqueles quatro dias que ficaríamos por lá, não vimos uma gota sequer. Graças à boa Natureza, que ama os motociclistas.

São Chico
No domingo pela manhã, partimos com mais alguns irmãos Forastas para São Francisco do Sul, também chamado de São Chico ou, simplesmente, Enseada. O lugar, como podem ver nas fotos, é magnífico. Almoçamos em um restaurante muito bom, situado na orla da praia, e que não é careiro (pelo menos, fora de temporada). O valor da refeição é de R$ 16,00/kg, e você come deliciosos frutos do mar, além de peixes maravilhosos. Vale experimentar, por ali, os pratos com Tainha.

Chegada em São Chico do Sul.

Em São Francisco do Sul, fica o Museu Nacional do Mar, com embarcações originais de todo o país, várias delas configurando alguns dos mais expressivos barcos tradicionais em todo o mundo. Jangadas, saveiros, canoas, cúteres, botes, traineiras e baleeiras são alguns deles. Organizado por temas, o Museu Nacional do Mar contextualiza história e uso das peças em exposição. Um lugar que guarda a história da navegação brasileira e que você tem que conhecer.

Seu Valdir e o Filé de Espada
Não sei se você conhece ou mesmo gosta de peixe: mas, depois da carne do Pirarucu, não conheço nada mais gostoso do que o filé do peixe Espada. É de virar os olhos, de tão bom!
Nossos irmãos de Joinville - Mutley, Boca e Gordinho - nos levaram, já na segunda-feira, para conhecer os pratos do restaurante do "seu" Valdir, um velho conhecido deles. O restaurante é simples, temático e tem uma das comidas mais gostosas que já pude experimentar. Sem exageros.

 Eu, seu Valdir, Márcio, Boca (em pé), Wilson, Xavier e Watts: rango e atendimento de primeira!

O restaurante fica no Morro do Amaral, à beira do braço do mar, com uma panorâmica de dar inveja àqueles que vivem no meio do caos urbano. Em meio à simplicidade, "seu" Valdir e sua esposa vivem com uma tranquilidade privilegiada, sem contudo perder o conforto e a segurança. E, melhor ainda, na beirinha do mar.

 Hora sagrada é a hora do rango...

Além do Espada, foi-nos servido também uma maravilhosa porção de carne de siri, sem a mistura "econômica" que os bares e restaurantes, principalmente, no interior do país, têm costume de servir. Eles têm a péssima e desrespeitosa mania de misturarem farinha à carne, antes de servi-la na "casquinha". Péssimo hábito, hein? Será que vale tanto a pena, assim, enganar os clientes??
Mas, no restaurante do seu Valdir, honestidade tem significado. Não deixe de conhecer, quando for a Joinville. Fica no Morro do Amaral.

Watts, Xavier e eu, às margens do braço do mar, no "terreiro" do
restaurante no Morro do Amaral.

Na terça-feira, a volta para Curitiba foi tranquila, também, sem chuva, sem frio, sem muito movimento. Como o mundo é muito pequeno, numa das paradas na estrada, fomos encontrados por nosso amigo Marcelo Lucas, que acabou sendo fotografado com os Forastas goianos. Abraço, amigo Lucas! A gente se esbarra nessas estradas, qualquer dia desses, novamente.

Nosso amigo Lucas (à direita), nos encontrou na rodovia entre Joinville
e Curitiba.

Frio, Chuva, planos desfeitos
Para não dizer que não sentimos frio, a quarta-feira curitibana amanheceu fria e com uma garoinha insistente. Talvez, porque, na noite anterior, recebemos uma desagradável notícia que, somada ao clima, veio também modificar um pouco nossos planos. A irmã de um de nossos irmãos de Goiânia, falecera em um acidente automobilístico em Goiás, e ele teve que retornar às pressas. A força foi dada por outro irmão Forasteiro, Alexandre, que conseguiu uma passagem de última hora para nosso brother Xavier.  Aproveitando, gostaria de prestar minhas sinceras condolências à família, que não merecia passar pelo que estão passando. Mas, do destino nada sabemos, não é mesmo?
Entre ficar e retornar à Goiânia, ficamos sem ação, confesso. Não fosse pelo próprio Xavier que, por telefone, pediu-nos para continuar a jornada e curtir também por ele, não teríamos ficado. Mesmo assim, não foi a mesma coisa. O irmão - e ex-diretor da facção Goiás - Enxada teve que pegar um ônibus rumo ao sul, para nos ajudar a trazer de volta a Shadow de Xavier. Tudo certo e depois de curtirmos um pouco mais a estadia, saímos de Curitiba já no domingo pela manhã, dia 13 de junho, de volta pra casa. Mas, essa última parte será contada depois.

Mais algumas fotos:

Fachadas de São Chico do Sul.

Boca (SC), Alexandre (PR), Márcio e eu (GO).
Moto-abraço a todos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

De Goiânia a Joinville em 2 Rodas - Parte 1

Joinville fica cerca de 1330 km de Goiânia, tirando a média obtida entre duas diferentes rotas: pela BR-153, passando por Frutal-MG, e pela Via Anhanguera, passando por Americana-SP.
No dia 03 de junho de 2010, eu e mais quatro irmãos de motoclube partimos rumo ao sul. Sem pressa, e em velocidade cruzeiro entre 110-120 km, formamos um trem com três Shadow 600, uma Tornado 250 cc e uma Harley-Davidson Sportster 883.
 Da esquerda para a direita: eu (o blogueiro que vos escreve), Márcio, Xavier,
Watts e Wilson. Nesta foto, já nos encontrávamos em Joinville-SC.

Nossas "garotas": asfalto ruim, elas reclamam, mesmo.

Na ida, decidimos ir pela BR-153, pois o que sabíamos era que a distância era menor e que economizaríamos por volta de 200 km. O fato de dizerem também que a rodovia estava muito boa pesou na decisão - aliás, eu mesmo havia passado por ela em fevereiro deste ano, e estava tudo perfeito. Para carros, vale dizer.
Mal passamos o trevo de acesso ao Prata, tivemos que parar, devido ao conserto que estão fazendo na rodovia. Foram mais de 60 minutos de espera, mas, até aí tudo bem, já que não tínhamos pressa em chegar.
Alguns quilômetros depois, o primeiro problema, devido a trepidações causadas pelas ranhuras, ondulações e imperfeições do asfalto: alguns pertences pessoais do diretor regional dos Forasteiros (facção Goiânia, à qual pertenço) foram jogados em algum lugar fora do asfalto, já que retornamos para tentar encontrá-los e não tivemos sucesso.
 Watts, Wilson, Márcio e eu esperando a liberação da pista para continuarmos
a viagem. Foto: Xavier.

Pouco depois, não muito longe dali, mas já depois de Frutal, problema em uma das Shadow: o parafuso que firma o pedal de câmbio soltou-se, também devido aos problemas da pista, e sumiu do mapa. A sorte é que nosso irmão Wilson, que a pilotava, percebeu a tempo de evitar um problema muito maior, já que o pedal, que estava seguro apenas pela haste, poderia atingir o asfalto, ficar preso e causar um acidente, além de tudo. Mais uma vez parados, Xavier e eu fomos até Frutal, em pleno feriado de quinta-feira (03), procurar um parafuso que servisse para prender o pedal. Problema resolvido, uma hora e poucos minutos depois, continuamos a estrada.
 Parafuso de sustentação do pedal do câmbio soltou-se com as trepidações
que ocorrem na BR-153 (trecho mineiro).
 
No dia seguinte, outro problema surgiu com outra Shadow devido às trepidações da 153, que foi percebido poucos quilômetros antes de entrarmos no estado do Paraná: o lado esquerdo do suporte do alforje se partiu, de forma a perder o pedaço do mesmo. Mas, não houve problema maior: apenas o amarramos devidamente, para que a bolsa não pegasse no pneu.
Devido a tantos atrasos em um só dia, especialmente, no primeiro, fizemos pouso na cidade de Lins-SP, no  Hotel dos Viajantes, situado na rua Olavo Bilac, 870, Centro. Muito bem recebidos, preços super accessíveis, com café da manhã incluso. Vão por mim: sem luxo, mas com tudo o que nós estradeiros precisamos.
 Pausa para foto do blogueiro que vos escreve e sua "garota de estrada".

O dia amanheceu um pouco frio e com neblina fraca. Mesmo assim, prosseguimos. À medida que descíamos para o estado do Paraná, desciam, também, a temperatura, a névoa e a garoa. Querem saber? Às vezes, dá vontade de parar e esperar aquele frio todo passar, mas, daí, começa a vir a vontade de chegar e tomar alguma coisa bem quente, como uma bela dose de whisky ou vodka, por exemplo (rsrsrs).
Quanto aos pedágios: particularmente, sou a favor da privatização das rodovias, mesmo porque, os governos que entram e saem nunca fazem a devida manutenção, o que seria de sua obrigação. Mas, daí cobrar preços absurdos de motociclistas, é outro assunto. Começamos a pagar, nos primeiros dois ou três pedágios, apenas R$ 0,65. Depois desses, passamos a pagar R$ 1,30, R$ 2,80, R$ 3,60 e, por fim, na altura de Jacarezinho-PR, você vai pagar pouco mais de R$ 6,00!! Não quero afirmar que tem algo errado nisso, mas que cheira a sujeira, isso é indiscutível. Como é possível, a não ser por abuso e ganância, cobrarem um valor tão absurdo desses por uma motocicleta, que não danifica a rodovia nem 5% do que um automóvel médio faz? Comente algo, se quiser, pois eu já estou indignado com isso desde que passei por lá.
Pedágio em Jacarezinho, vindo pela BR-153: simples abuso? Roubo? Estupidez?

Chegamos a Curitiba, já para encontrar alguns de nossos irmãos forasteiros, por volta das 18h30, sob chuva de média monta, um frio de dar nó nos dedos (cerca de 4 graus, tirando a sensação térmica, que sobre uma motocicleta em movimento, é bem abaixo disso).
O dia seguinte guardava surpresas para nós. E isso será contado depois, em um novo post. Moto-abraços a todos. Valeu!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Antes de pegar a estrada...

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Para sua segurança, antes de viajar, tenha o cuidado de verificar e/substituir alguns itens de sua moto:

● Pneus - devem estar calibrados conforme especificações em seu manual ou encontradas, normalmente, na capa da corrente (em motos com esse tipo de transmissão). Normalmente, o fabricante sugere dois níveis de calibragem: o maior é para ser usada quando a moto estiver mais pesada (garupa e/ou bagagem); o menor, quando você estiver sozinho e sua bagagem não fizer diferença no peso geral.






Pneus bem calibrados garantem maior estabilidade e conforto ao dirigir, além de evitar acidentes gravíssimos.







● Corrente - mantenha-a sempre lubrificada, fazendo isso uma vez por semana. Durante a viagem, se for muito longa e coincidir de encontrar chuva no caminho, não pense duas vezes antes de lubrificá-la pelo menos uma vez durante o trajeto. Se não der para levar uma bisnaga de lubrificante - os brancos e os grafitados são ótimos e baratos -, pare num posto e faça isso.

● Elétrica - problemas elétricos podem trazer um problemão para o piloto durante uma viagem, principalmente, aqueles ocorridos em locais de difícil acesso. Portanto, esteja certo de que toda a parte elétrica - lâmpadas de freio, piscas e faróis, painel, botão de partida e até a carga da bateria - esteja ok. Lembre-se que uma lâmpada queimada pode dar outra dor de cabeça, que é a multa. Verifique a posição do facho de luz de seu farol. Posicione-o de forma que não irá iluminar somente o primeiro metro à frente da moto, ou tentar dar mais brilho às estrelas. O facho de luz deve pegar parte do chão e o que vem de encontro ao piloto. Verifique também as velas - se não tiver como limpá-las, o que às vezes é o suficiente, troque-as.






Preze pelo bom funcionamento da parte elétrica de sua moto. Faróis devem estar regulados para dar maior segurança à sua viagem noturna.






● Cabos - não se esqueça de verificar cabos de embreagem, freio e acelerador, que são itens que quase não nos preocupamos muito, devido à durabilidade, mas, uma hora, ele vai arrebentar e poderá deixá-lo na mão. Que não seja durante uma viagem.

● Óleo - é um item de extrema importância e cuidado em sua máquina. É o líquido que, ao mesmo tempo, lubrifica e arrefece as partes internas e vitais do motor. Assim como a graxa tem o poder proteger a corrente contra o perigo de arrebentar, devido ao calor intenso, que é gerado pelo atrito com a coroa e o pinhão, o óleo também faz a proteção contra os atritos ocorridos nas engrenagens e no cabeçote. Se vai fazer uma viagem muito longa, digamos de 1.500 km, e você já tenha trocado o óleo há alguns dias e rodou um pouco, você pode, no meio do trajeto, completar o cárter e, ao chegar ao seu destino, fazer a troca. Mas, se você realizar a troca de óleo antes dessa viagem, preocupe-se em somente trocá-lo antes de retornar.






Você pode completar o óleo durante a viagem, mas, chegando no destino, encontre um tempinho para fazer a troca, antes de voltar para casa.







● Filtro de óleo - o sugerido pelo fabricante é que o filtro de óleo seja substituído a cada troca de óleo, o que não é bem necessário. Essa substituição pode ser feita alternativamente, isto é, a cada duas trocas de óleo. E procure usar filtros considerados de boa qualidade, pois corre-se o risco de o mesmo afrouxar-se e sua moto sair pingando óleo, até esvaziar o cárter. E você não quer isso, não é?

● Líquido de arrefecimento - se sua moto é refrigerada a líquido, ou seja, se ela possui radiador, não se esqueça de verificar o nível do líguido no reservatório. Você pode completá-lo com o fluido apropriado ou mesmo água, desde que limpa.

Além dos cuidados com a máquina, os cuidados pessoais também são muito importantes para evitar problemas irreversíveis ou amenizar o resultado do impacto, em caso de queda, por exemplo. Sendo assim, tenha os seguintes cuidados:

● Roupas - o correto é o piloto adquirir roupas especialmente desenhadas para motociclistas, daquelas com protetores especiais e em locais mais vulneráveis do corpo (joelhos, punhos e cotovelos). Mas, como nem todos podem adquirir uma dessas, que são caras, é aconselhável utilizar calças grossas (uma calça de couro já é mais acessível, ou uma calça de nylon justa por baixo de uma outra jeans), jaqueta de couro e uma botina ou calçado mais firme nos pés. Se vai pegar chuva, não se esqueça da roupa-capa.


Macacões de couro são ótimos, apesar de caros. Mas, o que pode valer mais: sua vida e sua integridade física ou um macacão desses?

● Capacete - os capacetes, conforme última resolução na Lei de Trânsito, têm prazo de validade, que são 3 anos. Tente revalidá-lo junto ao INMETRO ou, se não tiver mais jeito, compre um mais novo. É bom lembrar que os capacetes são numerados. Não se arrisque em comprar um sem antes experimentá-lo, pois, um número a mais ou a menos pode comprometer não só seu conforto em relação ao que já não é lá tão confortável, como também sua segurança. Em relação à viseira, trate de mantê-la sempre limpa e sem riscos, que atrapalham e muito a pilotagem, principalmente, em chuvas ou em viagens noturnas. Usar anti-embaçante no interior da viseira e um produto que evite acúmulo de água na parte externa é também uma ótima opção para proporcionar melhor visibilidade ao piloto.

● Bagagens - não se deve carregar bagagem excessivamente pesada ou grande em sua moto. Lembre-se, é uma moto, e não um carro com um big-bagageiro. O excesso lateral da bagagem pode comprometer a estabilidade da moto, assim como o peso compromete a dirigibilidade. Procure usar mochila para levar suas roupas e pertences pessoais e separá-los da barraca e outros pequenos apetrechos, por exemplo. Se sua moto permitir, adquira um bom par de alforjes - bolsas laterais ou traseiras - para compartilhar o peso e o volume de sua tralha.

● Documentação - geralmente, a polícia não pára os motociclistas que estão na velocidade e na linha correta do trajeto, mas, como tudo pode acontecer, meu amigo, não viaje sem estar com os documentos de sua moto, inclusive a sua CNH, devidamente em dia. Os caras não perdoam e, ficar no meio do caminho por causa de documentos vencidos, é sacanagem.

● Cuidados com o corpo - viajar de moto, apesar de ser uma maravilha, pode trazer alguns pequenos entraves, como dores no corpo, fadiga, visão cansada e outros efeitos colaterais. Para evitar ou amenizar tais sentidos, pare ao menos a cada hora e meia de viagem, estique seu corpo, faça o alongamento dos membros superiores e inferiores e dê uma descansadinha de leve, antes de continuar o trajeto. A viagem vai render mais do que você imagina. Ah, e beba água sempre que puder.

Garanta sua viagem. Sinta-se seguro e viaje mais tranquilamente. Você, motociclista e amante da liberdade, merece!

E boas estradas!

As Tecnologias Embarcadas nas Novas Motocicletas

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