Olá, pessoal! Mais um comparativo importante aqui no Louco por Motos: Kawasaki Ninja 250 com Kasinski Comet GTR 250. O que pode parecer óbvio demais, pode nos trazer certas surpresas. Portanto, vamos à comparação:
Em termos de preço, a Kawasaki está um pouco mais cara: R$ 15,5 mil contra R$ 15,1 mil da Kasinski. Vê-se, de cara, que a diferença é muito pequena e pode fazer o cara pensar bastante. Mas, veja bem que esses valores são sugestões dos fabricantes, não obrigatoriamente, o preço que as revendas e concessionárias praticam, pois há influências do ICMS de cada estado. No quesito pós-venda, a Kasinski conta com mais concessionárias e, consequentemente, maior rede de assistência técnica e peças para reposição do que a Kawasaki - 130 contra 38. Ponto para a Kasinski.
Visualmente, os dois modelos são belos, remetendo-nos às esportivas mais potentes. Na Comet, observa-se rapidamente que as bengalas são do tipo upside down (invertidas, em outras palavras), enquanto que, na Kawasaki, mantém-se os garfos do tipo telescópicos. Ponto para a Kasinski.
São motocicletas leves, que chegam a velocidades consideradas altas para a categoria: ambas são mais potentes do que suas outras rivais urbanas, a Fazer e a CB300R. Ambas possuem motor 249 cc, 2 cilindros (em linha na Ninja e em V na GT-R), na Ninja, refrigerados a líquido e, na Comet, a ar. Contudo, em termos de potência, são 33 cv @11.000 RPM na Kawasaki contra 32 cv @10.000 RPM na Kasinski. Mesmo comparando-se o torque das duas - 2,31 kgf.m @8.000 RPM da Comet contra 2,24 @8.200 RPM da Ninja -, a Kawasaki mostra-se mais potente. A Ninja possui 6 marchas, enquanto a Comet, 5. Seis marchas dão uma certa vantagem para a Ninja, já que exige menos do motor. O peso da Ninja é também um fator positivo: 169 Kg contra 173 Kg da Comet. Ponto para a Kawasaki.
No dia-a-dia, a Kawa ganha um ponto a mais, já que oferece uma posição mais confortável, melhor relação suspensao x quadro x pneus, além de possuir comandos mais macios do que na Comet. Na GT-R, feita para ser mais esportiva, as suspensões são mais duras, assim como o freio e o guidão, um pouco mais pesado do que o da japonesa. Isso influencia muito na pilotagem em grandes centros urbanos, onde o trânsito é mais caótico. Apesar de, na Kawasaki, o banco do passageiro ser um pouco mais estreiro e menos confortável, ela acaba ganhando mais um ponto em relação à sua concorrente, devido ao "conjunto da obra". Ponto para a Kawasaki.
Como se vê, são itens difíceis para fazer o motociclista tomar sua decisão, já que, tecnicamente, parecem empatar. Porém, deve-se levar em consideração outros fatores, como: o nome da marca, a história de cada uma (para os mais exigentes, a Kawasaki dá show, sem dúvida), os gastos com manutenção e outros pormenores. Eis, abaixo, uma pequena lista comparando determinadas peças e serviços (preços podem variar de acordo com revendedores e marcas):
Kawasaki Kasinski
1ª revisão (1.000 km) R$ 140 R$ 85
2ª revisão (3.000 km) R$ 140 R$ 275
3ª revisão (6.000 km) R$ 286 R$ 355
Pneu dianteiro R$ 584 R$ 361
Pneu traseiro R$ 853 R$ 479
Corrente/coroa/pinhão (kit) R$ 1.231 R$ 461
Consumo médio 23,2 km/l 30,7 km/l
Autonomia média 327 km 522 km
Capac. tanque 17 l 17 l
Entre-eixos 1.400 mm 1.430 mm
Dist. do solo 135 mm 155 mm
*Aceleração 0-100 7,9 s 7,14 s
*para percorrerem os mesmos 131,3 metros.
Mais fotos:
ERRATAS:
- Os preços dos pneus da "Ninjinha", acima informados, não condizem com o que a fonte original citou. O pneu dianteiro desta moto está cotado entre R$ 225 e R$ 310, enquanto que o traseiro pôde ser encontrado na faixa de R$ 180 a R$ 265. Grato ao web-visitante Lucas, que deu o sinal.
- O kit de relação (coroa/corrente/pinhão) da Kawa 250, por sua vez, pôde ser encontrado por R$ 310 (marca Vaz) e também por R$ 200 (marca Riffel).
- O pneu dianteiro da Comet, por sua vez, pode ser encontrado por R$ 160, quase a metade do valor informado pela fonte original. Já o traseiro pode ser encontrado por R$ 420, ou menos, ainda, se você pesquisar melhor.
Fontes:
Revista Duas Rodas
Revista Motociclismo