domingo, 30 de outubro de 2022

COMPARATIVO: YAMAHA NMAX 160 ABS x HONDA PCX 160

 COMPARATIVO: YAMAHA NMAX 160 ABS x HONDA PCX 160


Saudações, motors!

A Honda mal lançou a PCX 160, em atualização à de 150 cilindradas, e o Louco por Motos já correu pra
trazer esse comparativo para você, que pretende adquirir um desses modelos ou até mesmo pensa em trocar o seu scooter.

A nova Honda PCX 160 foi lançada recentemente no Brasil - setembro de 2022 -, um ano de meio depois de já estar rodando nas


ruas do Japão. Vem para competir diretamente com a NMAX 160, da Yamaha, que já está no mercado desde 2017. A comparação se refere aos modelos 2022.

Visual, Iluminação e Painel

Visualmente, se o leigo não prestar bastante atenção, de longe irá pensar que se trata do mesmo motociclo. Mas, pára por aí. A carenagem da PCX possui linhas mais vincadas e futuristas, enquanto a NMax ainda mantém suas linhas mais discretas. 

Farol da PCX 160: integrado à seta, não é Full-LCD.

Farol da NMAX é menos exótico, o que permitiu 
uma bolha maior.


O conjunto óptico da PCX é um pouco mais chamativo, remetendo ao desenho de uma asa tecnológica, de linhas retas, em cujas pontas estão as setas. Estas, inclusive, não são de LED, como o resto do conjunto óptico da PCX. Já na NMAX, que é Full-LED, o farol dianteiro é mais mais curvilíneo e um mais discreto. No final das contas, a PCX acaba apresentando um visual mais moderno do que a NMAX.

Ambos os scooters possuem carregadores 12v, o que é uma mão na roda para os dias de hoje.

Tomada 12v da Yamaha NMAX 160

Local da tomada 12v da Honda PCX 160


Painel da NMAX 160

Que me desculpe a Yamaha, mas a Honda caprichou mais.

O painel da Honda PCX 160 é uma evolução em comparação com sua antecessora, enquanto o painel da NMAX 160 parece não ter sido objeto de preocupação por parte da Yamaha. Ambos são totalmente digitais, porém, o da PCX tem um formato mais "widescreen" e é escuro, tipo black out. Já o da NMAX é menor, proporciona uma visualização até certo ponto dificultada e mantém sua configuração original.

As linhas da Honda PCX são um pouco mais futuristas.
Créd. imagem: motociclismoonline.com.br

A Yamaha NMAX tem as linhas levemente mais discretas.

Rodas, pneus e freios

Ambos os scooters possuem rodas de liga de alumínio, sendo que a Honda PCX traz um design diferenciado. Enquanto na NMAX, ambas as rodas são de 13", na PCX a dianteira é de 13" e, a traseira, de 14 polegadas. Apesar da pequena diferença no número, ela é grande no momento de encontrar um buraco, por exemplo. 

Honda PCX 160

Yamaha NMAX 160

A não ser no aro, os pneus de ambos os scooters compartilham as mesmas medidas, que são: 110/70 na dianteira e 130/70 na traseira, e também são tubeless.

Os freios em ambos os modelos são a disco e ABS, mas com a diferença que a NMAX conta com discos em ambas as rodas, e a PCX somente na dianteira. Ponto para a NMAX.

Motor e tecnologia 

O motor da NMAX 160  é um monocilíndrico de 155 cm³, de refrigeração líquida e equipado com tecnologia VVA (do inglês Variable Valve Actuation, ou Válvula de Atuação Variável). Pode gerar até 15,4 cv de potência e 1,4 kgfm de torque.

Motor da Yamaha NMAX. 155 cm³ e 15,4 cv

Motor da Honda PCX 160: 156,9 cm³ e 16 cv. 

Já a Honda PCX 160 vem equipada com um motor com tecnologia própria, denominada "eSP+", que é a sigla para enhanced Smart Power Plus, que no fundo é um sistem que proporciona mais potência ao scooter. Seu monocilíndrico OHC possui 156,9 cm³, pode produzir até 16 cv de potência e 1,5 de torque, portanto, saindo na frente da NMAX.

Outro grande diferencial na Honda PCX é a presença da tecnologia HSTC - Honda Selectable Torque Control -, que controla automaticamente a rotação das rodas por meio de sensores, o que garante mais segurança ao piloto.

Ambas possuem o sistema Smart Key, em que basta a presença do dono para darem partida. A Honda ainda conta com o sistema Idling Stop, em que a moto se desliga sozinha para economizar combustível. 

Smartkey da NMAX 160

Smartkey da PCX 160


Tanque e autonomia

A capacidade do tanque da Yamaha NMAX é de 7,1 litros, com uma autonomia média de 284 km, ou 40 km/litro. Já o tanque da Honda PCX é de 8 litros, com uma autonomia média de 356 km, ou 44,5 km/litro. Ambas usam somente gasolina como combustível. Não são flex.

Preços

No site da Honda, o preço sugerido para a PCX 160 é de R$ 17.400,00, sem contar frete e outras taxas e comissões pertinentes. Ja a NMAX tem sugestão de R$ 19.690,00 no site da Yamaha. Os valores são de outubro de 2022.

Diz aí qual delas mais te agradou. É importante a sua participação, valeu? 

Megaobrigado e motoabraço!


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Fontes: 
https://www.motociclismoonline.com.br/testes/honda-pcx-160-ainda-mais-bonito-potente-e-confiavel/
https://www3.yamaha-motor.com.br/nmax-160-abs/product/30036
http://www.fenabrave.org.br/portalv2/Conteudo/emplacamentos
https://veiculos.fipe.org.br/
https://www.google.com.br/
https://moto.com.br





segunda-feira, 24 de outubro de 2022

O fraco mercado das 400 e 500 cc no Brasil

O fraco mercado das 400 e 500 cc no Brasil

E aí, motociclista? Tudo bem com você?

Você já parou para pensar o quão fraco está nosso mercado de 400 e 500 cilindradas?

Motos de 150 a 200 cilindradas está muito bem servido, especialmente, pelas de 150 e 160, que são bastante utilizadas como meio de trabalho. E não tiro a razão disso estar acontecendo, dado à economia e também o baixo custo operacional destas motos. 

CG 160. Líder de vendas no mercado das pequenas

O mercado das motos de 300 cilindradas, apesar de mancar em alguns pontos, já possui uma boa gama de motos. Falando-se em trails, por exemplo, que temos? A Kawasaki Versys 300 é uma delas. Sua concorrente, a BMW 310 GS também veio preencher uma lacuna importante que havia - e ainda há - nesta categoria. Temos também a Honda XRE 300, que tem uma grande aceitação por parte do público, muito por conta da relação custo x benefício. 


BMW GS 310 (em cima) e Kawasaki Versys 300. Duas ótimas
opções de trails, mas com precinho salgado.


Saindo das trails e partindo para as nakeds e streets, no Brasil temos uma gama legal de motos na faixa das 300 cilindradas. Uma delas é a Honda CB 300R, que inclusive sofreu algumas importantes modificações no modelo 2023. A Yamaha tem sua MT-03, de 310 cc, que conquistou muitos pilotos, que migraram da Fazer 250 para ela. Uma ótima moto, excelente torque e velocidade final. 


Acima, a Honda CB 300R 2023, lançada na Índia.
Abaixo, a Yamaha MT-03, já disponível no Brasil.


A categoria das 250 cilindradas também está muito bem servida: desde a Yamaha Teneré 250, que deixou de ser fabricada em 2022 para dar lugar à nova Lander 250, à Suzuki V-Strom 250, eis um mercado que tem sido bem aceito há um bom tempo, mas é certo e dito entre os proprietários que, se seus motores tivessem 50 cilindradas a mais, seria perfeito. 

Yamaha Teneré 250. Fim de história em 2021.


Yamaha XTZ Lander 250. Remodelada, tirou a
Teneré da linha.

Suzuki V-Strom 250. Cara, mas uma 250 cilindrada de
responsa.


Já o mercado das 400 está capenga. Há pouco tempo, tínhamos a Honda Falcon 400, que começou a ser fabricada em 1999 e deixou as linhas de montagem em 2015. Além da Falcon, outra que fez fama nessa categoria foi a Honda CB 400, depois seguida pela CB 450 DX e a CBR 450. Todas já aposentadas pela fabricante. A Suzuki tem a DRZ 400, moto trail muito procurada para trilhas e motocross, mas também está deixando a linha de produção neste mês de agosto de 2022.

A CBR 450 SR foi um modelo de muito sucesso no início dos anos 90.

A CB 400 foi a queridinha do início dos anos 80, no Brasil.

A CB 450 DX foi para deixar os donos das 400 baratinados, de tão bonita,
além de 50 cilindradas a mais que sua antecessora.

Já a Royal Enfield trouxe para o mercado tupiniquim a Himalayan 400, uma trail vintage com visual retrô que tem conquistado o coração de alguns motociclistas brasileiros. E também contamos com a Suzuki Burgmann 400, mas é um outro estilo, já que se trata de um scooter. Um ótimo scooter, diga-se de passagem.

A Royal Enfield tem garantido sua fatia de mercado com a (estranha,
mas simpática) HImalayan 400 cc. 

Suzuki DRZ 400: nicho específico.


Mas a partir do momento que você procura uma moto esportiva ou mesmo custom, vê que esse mercado está mesmo desatualizado. No Japão e na China, por exemplo, é possível encontrar ótimas customs de 400 a 500 cilindradas, como a Honda Shadow 400 e a Benda BD 500. Não dá pra entender a Honda, que tirou do nosso mercado a famosíssima e forte Shadow 600, nos trouxe uma "delicada" Shadow 750 e jamais pensou em alimentar o mercado brasileiro com a de 400 cilindradas, que só é encontrada no Japão e outros poucos países asiáticos. 


Acima, a saudosa Shadow 600. Embaixo, a Shadow 750, que a substituiu.


Já a BD500 não parece nem dar sinal de que chegará até aqui. A nova cruiser da Benda desenvolve potência máxima de 55 cv a 10.000 rpm e ainda não tem valor divulgado. É dona de uma beleza singular, é barata e com certeza faria sucesso por aqui. 

Benda Eagle 400 cc. Só na China.

Quer conhecer uma Honda Shadow 400 cc? No Japão é possível encontrar.

A própria Honda possui motos entre 300 e 400 cc que não estão no Brasil e bem que poderiam ser trazidas pra cá. A nova CB 300F é um exemplo disso. Aqui no blog Louco por Motos há uma matéria sobre ela. Para acessá-la, clique aqui. Na Ásia, a Honda tem a CB 350, uma moto indiana com estilo retrô e que faria grandes fãs aqui no Brasil, e a CB 200X, que tem seu visual inspirado na CB 500 X.

Honda CB 300F. Lançada na Índia e sem previsão para o Brasil.

Nos Estados Unidos, a Honda Rebel 500 é uma ótima opção para trechos urbanos e rodovias. Moto bonita, motor de responsa e não só teria grande aceitação em terras tupiniquins, como já tem uma galera por aí reclamando à Honda, para que a marca traga o modelo para o Brasil. Que ela tome cuidado, porque uma fabricante chinesa, a Xiang Shuai, já produziu sua cópia da Rebel 500, ao lançar o modelo Cangyun XS500 pela metade do preço. A Xiang Shuai já é famosa por lançar modelos copiados da Harley-Davidson e, por ser nova, tem ganhado destaque no mercado chinês. Em breve, quem sabe, a marca não chegue por aqui?

Enquanto a Honda põe nas ruas americanas a sua Rebel 500...

... a Xiang Shuai faz uma cópia mais parruda dela e a coloca nas ruas chinesas.

A Honda (ela, de novo) lançou também em terras indianas a Hornet 2.0, ou Hornet 200R, com motor de 200 cc e, provavelmente, a substituta da CB Twister. Ainda não há data certa para o lançamento deste modelo aqui no Brasil.

Olha aí a filhinha da Hornet, a Hornet 2.0. Mas, ainda não tem no BR.

E a Yamaha? No Japão, ela tinha os modelos SR 400 e SR 500, ambas lançadas em 1978. A de 500 cc foi aposentada em 1999. Então, em 2021, o modelo SR 400 foi também aposentado depois de 43 anos. No Brasil, a maioria dos motociclistas nem ouviu falar sobre este modelo, com certeza. 

A Kawasaki é uma marca mais conhecida por suas motocicletas esportivas, com certeza. A Ninja é seu principal mote. Tanto que tem disponível a versão da Ninja 400 KRT no Brasil, uma média esportiva bastante competitiva e que mexe com o mercado da MT-03 da Yamaha. 

A Ninja 400 é para agitar um pouco mais as pistas para a MT-03.

Mesmo contando com um ou outro modelo na média das 400 cc, ainda falta muito para esse mercado no Brasil, especialmente, para motos trail para passeios e customizadas. Com a esperança de a Honda trazer as novas CB 300 para cá, é bem provável que outros fabricantes abrirão mais os olhos. 

Você acha que o mercado de motos de 400 cilindradas está bem servido no Brasil? Deixe aí nos comentários sua opinião a respeito, ok? 

Motoabraço e valeu!

COMPARATIVO: HONDA CB 300F TWISTER x BAJAJ DOMINAR 400

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