segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

LANÇAMENTOS MOTOS 2022 NO BRASIL: O QUE VEM POR AÍ

Salve, galera motoqueira! Todo mundo belezão?

2022 entrou e muitos de nós ficamos ansiosos em relação às novidades no mundo das 2 rodas em terras tupiniquins, afinal, nem tudo que é lançado em outros países, vem pra cá. Então, vamos conhecer os lançamentos das motos modelo 2022 no Brasil.



HONDA X-ADV 750

Eba! Finalmente, os fãs de scooters da categoria adventure poderão ver de perto, ou mesmo adquirir, a nova Honda X-ADV 750, uma scooter linda e poderosa, com seu motorzão de 745 cc, com transmissão DCT (Dual Clutch Transmission) que, de fato, trata-se de um câmbio de dupla embreagem, e muita tecnologia embutida. Já falei sobre ela no artigo Honda X ADV: Versátil em qualquer terreno, que você pode ler a qualquer momento. No artigo, no entanto, o preço sugerido (da época) era de "apenas" R$ 52.500,00! Mas, não se morda, ainda, pois o valor atualizado para 2022 é de R$ 72.200,00, fora o frete e acessórios, como o kit Top Box (um tipo de baú), que custa em torno dos R$ 5.500,00 e o protetor de carenagem, na casa dos R$ 2.900,00. 

Então, não é querendo te desanimar, não, mas é visível como novos lançamentos como este estão ficando cada vez mais caros e seletos. 



HONDA CB 1000R

A CB 1000R é uma esportiva de responsa, motorzão de 998,4 cm³, com design inspirado na categoria Cafe Racer, dotada de alta tecnologia, visível em seu painel TFT (e nas leituras que ele fornece), sentida no acelerador eletrônico TBW (Throttle By Wire) - o qual dá uma resposta precisa e minuciosa da intensidade da aceleração que o piloto aplica - e também controle de tração. Além disso, visualmente é linda e chama a atenção de todo mundo, até quem não é ligado ao mundo motociclístico. 

Seu design 'Neo Sports Cafe', como já dito, inspirado nas Cafe Racers, faz desta moto um modelo quase que exclusivo, como se ninguém mais tivesse uma igual. Virá também a versão Black Edition, com cores mais escuras, painel com conectividade Bluetooth, além do recurso quickshift bidirecional, que facilitará muito a troca de marchas. Valor sugerido pela Honda é de R$ 62.750,00 (isso deve fazer os fãs da scooter X-ADV pensarem duas vezes).



HONDA NC 750X

Quando a Honda trouxe a NC 700 para o Brasil, a galera ficou surpresa, pois se tratava de um novo estilo, o Crossover, ainda não muito comum por aqui, com um design bem moderno e, na minha opinião, muito bonito, posição confortável e econômica, acima de tudo. 

O tempo passou e logo veio a versão de 750 cc, com algumas mudanças evidentes, especialmente, na motorização. O conceito crossover foi mantido e ela continua sendo uma motocicleta pra lá de linda. Com preço sugerido de R$ 44.200,00, a NC 750X passou por uma pequena repaginação, além de contar agora com câmbio DCT (dupla embreagem), painel TFT completo, inclusive, com a função ECO, que auxilia o piloto na economia de combustível.



KAWASAKI Z650 RS

Já confirmada pela marca, a Kawasaki Z650 RS é uma motocicleta moderna, porém, com pegada retrô, diferenciando-a de sua irmã naked, a Z650, que foi lançada por aqui em meados de 2017. O design da Z650 RS é rebuscado dos modelos norte-americanos que fizeram sucesso por lá entre 1976 e 1983.

Sua motorização é a mesma dos modelos Ninja 650 e da própria Z650, mas com rodas raiadas, banco reto (ou plano, como preferir) e o farol, como não podia deixar de ser, devido ao estilo, redondo.

Ainda não tem preço especificado, nem mesmo no site oficial da marca no Brasil, mas deve ficar na casa dos R$ 40 mil. Aos mais ansiosos, resta esperar mais um pouco pra conferir e, quem sabe, adquirir uma pra chamar de "sua".



KAWASAKI Z900 RS

Fortalecendo ainda mais a família "Z", a Kawasaki já tem disponível no Brasil, inclusive em seu site, o modelo Z900 RS que, como a sua irmã menor, também tem um visual retrô, mas dotada de tecnologia moderna, como embreagem assistida e deslizante, indicador de pilotagem econômica, regulagem do ruído do motor (!) e outras facilidades. Apesar da terminação "RS", o que poderia sugerir apenas um modelo mais potente que a Z650 RS, algumas diferenças podem ser notadas, como o assento de dois níveis.

Com o preço sugerido de R$ 62.090,00, pode ser uma boa opção para quem curte o visual retrô sobre um motor forte, como este de 948 cm³.



TRIUMPH TIGER 1200

Entre as modernas big trails vistas nas ruas brasileiras, a Triumph desfilava com orgulho sua Tiger 800, a qual foi substituída pela versão de 900 cc (na verdade, 888 cc), a qual se mantém no mercado. Agora, a Triumph está trazendo a irmã maior das duas, uma versão de 1200 cc, que já é sucesso lá fora há mais tempo.

Segundo a própria fabricante, a Tiger 1200 possui "o mais alto nível de pilotagem adventure de alta capacidade", ou seja, é a melhor em sua categoria. Com motor tricilíndrico T-plane exclusivo de 1160 cm³, a Triumph esbanja não só potência, como também muito conforto, segurança e tecnologia.

A família 1200 contará com as versões GT e Rally. Ainda não tem preço definido no site, mas em breve se tornará público. Mas, não esperemos uma motocicleta de menos de R$ 70 mil. Sem chance. Aguardemos um pouco mais.



BMW R18

Uma custom de tirar o fôlego da galera de motoclubes tradicionalmente estradeiros, a BMW R18 possui um motor boxer bicilíndrico de nada menos que 1.802 cm³, esbanja potência (91 cv), torque, conforto e beleza.

Por enquanto, a partir de meados de 2022, ela poderá ser importada. O início da produção nacional está prevista para 2023, no parque fabril de Manaus-AM. Ela possui um visual clássico, inspirado no modelo da R5, da década de 1930, mas trata-se de um "monstro", devido a sua robustez e todo o aspecto visual.

O site ainda não atualizou nada a respeito, nem informações, muito menos preço. Mas, se estiver interessado, prepare o bolso ou já corra pra fazer um big empréstimo bancário, pois o preço deverá ser como a água do mar. 😁

Então, é isso, galera. Por enquanto, as maiores novidades são estas. Há rumores a respeito de ótimas motocicletas que estão por vir, como a Royal Enfield Classic 350, a Honda Rebel 500 - e também a 1100, entre outras. Mas, por enquanto, vamos deixar como está, pois é comum haver desistência por parte de algumas marcas em trazer determinados modelos, por motivos diversos.

Então, coloque aí nos comentários qual destes modelos mais te agrada e/ou compraria.

Motoabraço!

sábado, 8 de janeiro de 2022

AS 10 SCOOTERS E MOTOS MAIS BARATAS DO BRASIL

E aí, galera, todos de boa? Então, vamos ver quais são as 10 scooters e motos mais baratas do Brasil? 

A pandemia do COVID-19 não só atrapalhou os planos de mais da metade do mundo, como também trouxe efeitos indesejáveis no mercado, e o da mobilidade urbana não ficou de fora. Mas, como sempre, alguns saíram – e ainda saem – ganhando, outros saem perdendo. E assim a vida continua.

O fato é que, notoriamente, o mercado de motos sofreu uma considerável alta nos preços, comparando-se o que se pagava em meados de 2020, para o que se paga hoje, no início de

Fig. 1. Preço dos combustíveis é um dos fortes fatores na procura por
motos.
2022. Em alguns casos, houve aumentos de mais de 30% nos preços de certos modelos de motos. Por outro lado, a procura por veículos de duas rodas também tem aumentado, principalmente, na categoria urbana (ou City, como é atualmente chamada), graças aos aumentos abusivos, pra dizer o mínimo, nos preços dos combustíveis.

Para citar um exemplo, há pouco mais de um ano, encontrava-se uma Honda Shadow 600 ano 2000 com seus acessórios por cerca de R$ 14 mil (preço de Goiânia-GO). Há alguns dias, por curiosidade, ao ver uma ano 1999, “depenada” e mal cuidada, perguntei ao proprietário quanto ele pediria nela, se fosse vender: “Uns 18 mil...” Quase perguntei se ele estava bem ou com Covid... Mas, tudo bem, é o valor que ele dá nela, mesmo não cuidando tão bem, e o fato é que, sim, motos estão bem valorizadas, nestes últimos meses.

Por isso, fiz uma cotação a nível nacional e trago, aqui, a lista das 10 motos e scooters mais baratas que encontrei, separadas por categorias, e algumas informações a respeito delas, para você pensar no que compensa mais, em termos de custo x benefícios, ok?

As 5 ‘Low Price’ Scooters


1. Honda Pop110i

Nem scooter, nem moto, podemos dizer que a Pop 110i, da Honda, é um avanço módico das Garellis dos anos 70/80, claro, com motor bem mais potente e com a mesma capacidade econômica.

É uma motinha feita exclusivamente para uso urbano – não vá querer se aventurar em BRs, porque é besteira, a não ser que você conheça e saiba muito bem o que está fazendo.

Fig. 2. A Pop 110i da Honda é tida como a mais econômica das motos.

Ela faz entre 55 e 61 km/l, ou seja, uma média de 58 km/l na cidade, segundo o fabricante, e tem sido uma das campeãs de economia entre os usuários de motos. Capacidade do tanque: 4,2 litros e é a gasolina.

O preço de uma nova sai por volta de R$ 8.550,00 com frete incluído e, pasme, em um ano, seu preço paga praticamente o consumo de combustível de um carro médio.

2. Shineray Jet 125

A Shineray veio pra ficar, ao contrário do que muitos pensavam. Com uma gama grande de modelos, é fácil ver suas scooters e motos pelas ruas, não só por ter exemplares a preços acessíveis, como também manutenção barata e economia.

Sua scooter Jet 125 é um dos modelos mais baratos atualmente no mercado, sendo vendido em torno dos R$ 8.990,00, com o frete incluído.

Com capacidade de apenas 3 litros de gasolina no tanque, ela possui autonomia de cerca 127 km, ou seja, faz uma média de 42,5 km/l na cidade.

Fig. 3. Shineray Jet 125: 42,5 km/l na cidade, em média.

3. Honda Biz 110i

Entre as pequenas scooters, a Honda Biz 110i está incomparavelmente na frente, primeiro, devido à sua história, segundo devido ao custo x benefício, que é um dos melhores, sem sombra de dúvida.

Pelo preço partindo de R$ R$ 9.260,00 e chegando aos R$ 10.530,00, é possível possuir uma Biz 110i e viver de perto a palavra economia. A Honda Biz já tem um mercado consolidado há bastante tempo e isso a favorece em muitos pontos.

Fig; 4. A Honda Biz já tem uma história com o brasileiro, e suas
variantes não ficam para trás, como a 110i.


Com capacidade para 5,1 litros de gasolina, seu tanque dá uma autonomia média de 245 km dentro da cidade, o que é, para a maioria, uns cinco dias de rodagem. Na dura realidade do início de 2022, custo de apenas R$ 40,00 de gasolina por semana! Isso é uma maravilha!! [rsrs]

4. Honda Elite 125

A Elite 125 vem angariando uma boa fatia no mercado das pequenas scooters, dado principalmente à razão economia x design que ela proporciona. Caiu no gosto e coube no bolso do brasileiro.

Fig. 5. A Honda se deu bem com sua Elite 125: boa aceitação no mercado.

Com preço sugerido de R$ 10.120,00 ela chega ao consumidor final, neste início de 2022, aos R$ 11.700,00, com frete incluído. Se for comparar com uma moto com motor um pouco maior e as vantagens que esta última possui, é de se pensar em pagar este valor na scooter.

5. Yamaha Neo 125 UBS

Olha a Yamaha aí, gente!! A marca não tem fama de ser barateira, mas entre as scooters mais populares, ela acabou ganhando um lugar ao sol.

Sua Neo 125 é também bastante comum nos centros urbanos, pois além de ser altamente confiável, a marca Yamaha tem seu terreno já bem demarcado no coração tupiniquim, afinal, é a marca mais antiga a se instalar no país (se eu estiver errado, por favor, me corrijam, sim?).

Fig. 6. Com visual arrojado, a Neo 125 conquistou o coração de muita gente.

Com o tanque para capacidade de 6,4 litros de gasolina, a Neozinha pode chegar aos 345 km de autonomia. A economia gerada em relação a outras motos e carros, é gigantesca.

Em termos de economia, baixo custo de manutenção e agilidade, as scooters têm se mostrado uma alternativa ideal para o brasileiro que deseja, realmente, economizar no trânsito para o trabalho e afazeres mais simples, que exigem mobilidade.

As 5 Motos ‘Low Price’

As motos de baixa cilindrada, por outro lado, competem em preço e podem oferecer um pouco mais do que scooters, mesmo que não sejam tão econômicas. Mas, resolvem a vida de muita gente, principalmente, de quem depende da moto para trabalhar. Vamos aos cinco modelos mais baratos do país, atualmente:

1. ShinerayWorker 125

Sem dúvida, a moto mais, digamos, diferente da lista das mais baratas. A Shineray meio que trouxe um pouco do visual Cafe Racer para uma moto que nos remete, sinceramente, à II Guerra Mundial – pode ser só impressão minha, também, quem sabe?

Mas há quem curte o estilo e, se ainda quiser economia no meio, eis a moto perfeita. Sem contar os impostos, a moto é oferecida pela fábrica ao módico preço de R$ 7.990,00, o que faz o modelo mais barato de todos os citados neste artigo.

Com um tanque com capacidade para 14 litros, a exclusiva Worker faz em média 45 km/l, gerando autonomia de 630 km.  Não se vê muito facilmente nas ruas, mas há vários motivos para isso, e um deles pode ser a aceitação em garal.

Fig. 7. A Shineray Worker não é para todos: seletiva, ela tem um ar retrô e potência de
7,2 cv, o que pode não agradar a muita gente.


2. Shineray Jef 150

Modelo não é muito conhecido, mas além de estar presente (apesar do status “esgotado”) no site oficial da marca, é com certeza um dos mais baratos do país, levando-se em conta a mobilidade.

Seu tanque de combustível tem capacidade para 12 litros e, levando-se em consideração seu consumo médio de 45 km/l, tem autonomia de 540 km. Para o trajeto do casa-trabalho-casa é outra das boas alternativas para se economizar.

Seu preço sem impostos é de R$ 8.800,00, contudo, pode atingir a casa dos R$ 10 mil, no final das contas.

Fig. 8. A Shineray Jef 150: para a cidade, pode ser a salvação de muitos.


3. Honda CG 160 Start

Provadamente feita de guerreiras, a família CG vem arrasando o mercado desde meados da década de 1970, quando surgiu no Brasil, com seus modelos de 125 cc. Contra as primeiras de apenas 11 cv de potência, as de hoje geram 14,9 cv e, claro, somados aos avanços nos motores, mais torque e melhor resultado nas saídas e finais.

As CGs evoluíram e a família ganhou novos membros, mas a 160 Start é uma campeã de vendas, pelo seu preço e razão de utilidade, pois muitos são aqueles que a têm como instrumento de trabalho, gerando por volta de dois salários mínimos ou mais com ela.

Fig. 9. Honda CG 160 Start, a queridinha das ruas.


Com tanque de 16,1 litros de capacidade, ela é bicombustível e tem médias de consumo registradas em torno de 35 km/l no etanol e 41 km/l na gasolina. No final, em média, temos aí uma autonomia de 611,8 km!!!

O preço sugerido (de fábrica, sem impostos ou frete) é de R$ 11.570,00, mas na real, no mercado você poderá pagar em torno de 13.700 a 14.000 reais por uma zero km.

4. Yamaha Factor 125 UBS

A Yamaha não podia deixar a Honda sozinha nessa, portanto, tem no mercado disponível a Factor 125 UBS, uma pequena cilindrada que também dá seu ar da graça com louvor nas cidades brasukas.

Em termos de autonomia, só perde para a CG 160 por causa da capacidade do tanque, que é de 15,7 litros. Mas, faz uma boa média de 46,8 km/l na gasolina, maior que a da Honda. Esse é um dos maiores atrativos na Factor, sem dúvida.

O preço sugerido da Yamaha para a Factor é de R$ 11.790,00, sem os impostos, porém, no mercado é encontrada por até R$ 12.810,00. Lembrando que estamos em janeiro de 2022, galera.

Fig. 10. A Factor 125, da Yamaha, também caiu no gosto da moçada que trampa o dia inteiro em motos.
Leve, confortável, econômica e ágil.


5. Dafra Horizon 150

A brasileira Dafra acabou ganhando uma pequena, mas considerável, fatia de mercado, e um dos modelos que a favoreceram foi a pequena custom, Horizon, em suas duas versões: 150 e 250 cc. Como estamos falando das motos mais baratas, vamos comentar a respeito da versão menor.

Caiu no gosto de muitos brasileiros a pequena que, com muito pouco, se vai longe. A Horizon 125 cc possui uma autonomia de mais de 400 km, com seu tanque de 14 litros de gasolina.

O preço sugerido de fábrica é de R$ 12.190,00 mais R$ 500,00 de frete. Encara?

Fig. 11. A Dafra Horizon tem uma pegada meio HD 883, não acha? Sim, foi intencional 
e a Dafra não está nem aí, desde que venda. 😅


No final das contas...

Quem sai pagando, mas com certa economia, é o consumidor, de um jeito ou de outro. Mesmo que nossos salários não consigam acompanhar as frequentes altas, contamos com o jeito insistente de ser do brasileiro, lutador, mas vamos atrás de nossos objetivos. E isso é o que importa, afinal.

De qualquer forma, no final, estaremos economizando dinheiro, ao usarmos de forma correta essas pequenas guerreiras. Não pensando em passear, na maioria das vezes, mas para nos deslocarmos até o trabalho e voltarmos pra casa em meio a um trânsito cada vez pior nas médias e grandes cidades, ganhando tempo e economizando bastante no orçamento de casa.

O sugerido é que, antes de adquirir uma dessas motos muito baratas, saiba mais sobre reposição de peças, preços e frequência nas oficinas, enfim, conheça o histórico da moto que irá comprar, para depois não se arrepender, pois expectativa frustrada é comum. 

Mas a regra é básica: moto requer mais cuidados por parte dos seus usuários. Pilotar uma moto requer atenção redobrada, ou mais até, porque, na prática, somos nós quem levamos a pior em situações de risco. Não adianta negar. As ruas estão cada vez mais perigosas, com tantos motoristas - e motoqueiros também, por que não dizer? - irresponsáveis na direção. 

Economizar é bom demais, mas sua vida não tem preço. Lembre-se disso! No mais, divirtam-se, pois a vida não é só trabalhar e trabalhar e trabalhar...

Motoabraço!

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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

ROYAL ENFIELD, ETERNA CLÁSSICA: A FAMÍLIA INTERCEPTOR 650

 ROYAL ENFIELD, ETERNA CLÁSSICA: A FAMÍLIA INTERCEPTOR 650


Fala, galera, todo mundo de boa? Iniciando 2022 com ótima potência e classicismo, vamos trazer uma novidade do passado, mas que se faz mais presente a cada dia nas ruas das principais cidades deste país e, claro, com pegadas tecnológicas.

Bom, antes de mais nada, desejo a todos os leitores do Louco Por Motos um feliz e próspero novo ano, e que essa pandemia tenha um basta, né, galera? Pra mim, chega!

História

Vamos lá! A Royal Enfield é originária da cidade de Ridditch, Inglaterra, e no início de suas atividades especializou-se em fabricar bicicletas, bem como um leque de peças de reposição

para máquinas de costura e também para rifles, além de canhões. Isso, nos idos de 1891. 

A vertente para a fabricação de motocicletas veio em 1899, com a produção de um triciclo e um quadriciclo. Daí em diante, abraçou o mercado de motos que, por sinal, tornou-se a única marca inglesa daquela época a manter-se viva até os dias de hoje. Em segundo lugar, vem sua compatriota, a Triumph.

Foi líder de vendas até meados de 1915, quando deu-se início a I Guerra Mundial. Naquela época, a marca foi contratada para produzir motocicletas para o campo de batalha, ou em outras palavras, para o Exército Britânico. 

Um dos primeiros quadriciclos do mundo, de 1898, é da Royal Enfield.


A primeira motocicleta a gente nunca esquece. 1901.


Bullet 500cc, de 1936.

Sua tomada de produção pública reiniciou-se somente em 1930, introduzindo naquele
mercado as Bullets de 250, 350 e 500 cilindradas (1932 a 1936). Motocicletas com bastante estilo, agradou ao público britânico logo de cara, pois além de perfeitas nos ambientes urbanos, abriram as portas para que os ingleses mais aficionados partissem para as estradas - então, livres dos temores dos canhões e aviões bombardeiros. 

Um "entre parênteses": diferente da I Guerra Mundial, no doloroso período da II Guerra a Royal também teve modelos encomendados pelo governo britânico, mas desta vez, ela não "abandonou" seu público civil, já que tinha ganhado certa fama com os modelos que já vinha produzindo.

A Bullet foi tão bem aceita que, no ano de 1949, os modelos de 350cc passaram a sair de fábrica com amortecedores traseiros, tornando-a um dos primeiros modelos de motocicleta com essa característica, o que trouxe muito mais conforto ao piloto e ao passageiro. Tanto que a Índia passou a importar, ainda em meados de 1950, uma quantidade considerável de motos. E isso fez com que a Royal Enfield inaugurasse naquele país sua primeira montadora fora de casa. Em 1962, ela deixou a Inglaterra para se estabelecer em terras indianas.

As primeiras Interceptor surgiram no início dos anos 1960, porém, com motor de 736 cm3. Aliás, mesmo após o fechamento da fábrica em terras britânicas, a Interceptor continuou sendo produzida na cidade de Bradford on Avon, em instalações subterrâneas (pesquisei, mas não consegui encontrar o motivo para que a produção fosse feita, aparentemente, às escondidas). 

A primeira Interceptor, com motor de 736 cc, de 1967.

A Interceptor 650, no entanto, veio à luz recentemente, em 2017, quando foi apresentada ao público no Salão de Milão daquele ano. Uma bicilíndrica de 648 cm3, capaz de gerar 47 cv de potência e 5,4 kgfm de torque, com visual rebuscado em sua irmã sessentista

A Interceptor 650 foi apresentada ao público pela primeira vez no Salão de Milão 2017

Sua produção tem binacionalidade, pois o motor foi produzido em parceria entre a matriz, em Chennai, na Índia, com o Centro Tecnológico da marca na cidade de Leicestershire, Inglaterra, e teve participação da renomada Harris Performance, preparadora de motocicletas, também inglesa.

Modelos no Brasil

A Royal Enfield embarcou em terras tupiniquins em 2015, somente com escritório em São Paulo, mas em 2017 a marca agraciou o país com três de seus modelos: a Bullet 500cc, a Classic 500 cc (e suas versões: as militares - Battle Green, Squadron Blue e Desert Storm - e a Chrome) e a Continental GT, que possui motor levemente mais potente, de 535 cm3

A Continental GT 650 é uma Cafe Racer puro sangue.

A Classic 500, sem dúvida, é a que tem o visual mais rebuscado, realmente clássico,
como seu nome já sugere.

A Bullet 500, com seu banco de dois níveis, é puro conforto.


Devido ao sucesso que fez logo em sua entrada, a marca trouxe também outros modelos, entre eles, a big trail Himalayan, com motor de 411 cm3, e a que é alvo deste artigo, a Interceptor 650 cc, com suas belas variações.

Com preços sugeridos entre R$ 25.990 e R$ 26.990 (valores encontrados no site, no início de Janeiro/22), as Interceptors já contam com alguns proprietários bastante satisfeitos. Além da beleza, as Interceptors têm se mostrado ótimas para pilotar em meios urbanos, como também em terrenos sinuosos e melhor ainda nas estradas. De acordo com o próprio site da marca, trata-se de "uma roadster clássica e moderna por excelência...  que entrega ao piloto equilíbrio e manuseio superiores". 

Interceptor 650: estilosa e companheira em várias situações.


Opinião do editor: a única coisa que não curti muito na Interceptor - banco reto.



Além da pegada roadster, ela também tem um grau do estilo Cafe Racer, modelo este originado na Inglaterra dos anos 50, muito utilizada nas corridas amadoras que haviam em Londres, naquela época.

Motorização

Seu motor OHC/SOHC Twin bicilíndrico paralelo de 648 cc é de 4 tempos, conta com 2 válvulas por cilindro e é de cárter úmido. Refrigerado a ar com radiador de óleo, com taxa de compressão em 9,5:1, possui sistema de admissão aspirado, gerando, como já dito, 47 cv @7500 RPM, e torque de 5,4 kgfm @5.250 RPM. 

O Twin bicilíndrico é um detalhe à parte, na Interceptor


Sem trocar o filtro, a capacidade de seu cárter é de 3,1 litros de óleo; já fazendo-se a troca do primeiro componente, sobe para 3,9 litros. Como a maioria dos modelos de motos atuais, possui sistema de injeção eletrônica, mas, por outro lado, diferente de vários modelos, usa somente gasolina como combustível, para um tanque com capacidade de 13,7 litros  (dos quais, 2,9 são para a reserva), o que lhe rende uma autonomia de aproximadamente 400 km. Isso quer dizer que ela, pelo motor que tem, é uma moto bastante econômica: média de 29,2 km/l. 

O câmbio é manual de 6 marchas sequenciais, usando embreagem multidisco banhada a óleo e transmissão final feita por corrente. 

A Interceptor em Números

Quanto às suas dimensões, a Interceptor traz as seguintes características: 

Comprimento - 2.119 mm

Largura - 857 mm

Altura - 1.120 mm

Distância mínima do solo - 174 mm

Distância entre-eixos - 1.398 mm

Altura do assento - 804 mm

Capacidade máxima de carga - 200 kg

Peso em ordem de marcha - 202 kg

Com caster de 24º, ela possui suspensão dianteira em garfo telescópico de 41 mm de diâmetro, 110 mm de curso, sem ajustes. A suspensão traseira é bichoque, com amortecedores com reservatório externo de óleo, curso de 88 mm e ajuste de pré-carga da mola. 

Ambas as rodas são de aço, raiadas, 18 pol., diferenciando-se na largura de cada uma: a dianteira possui largura de 2,5 pol. (pneu 100/90 R18) e a traseira, 3,5 polegadas (pneu 130/70 R18). 

Os freios traseiro e dianteiro são ABS, sendo que o dianteiro possui disco flutuante e ventilado, de 320 mm, pinça deslizante e 2 pistões; o traseiro, ventilado, 240 mm, pinça e 1 pistão.

Os valores de seguro para esta moto são bastante variados, dependendo da seguradora, mas, em Agosto de 2021 a cotação mínima estava por volta de R$ 590,00.

Conclusão

Apesar de ser uma marca histórica, literalmente, aqui no Brasil poucas pessoas conheciam seus modelos, e a maoria, "só de ouvir falar". Agora, estão mais próximas e prometedoras, chamando não só a atenção nas ruas, como também de compradores potenciais. Já é fácil, hoje em dia, vermos um ou outro modelo nas ruas. 

Evidentemente que são motocicletas para um público seleto, pois o estilo clássico não tem muita vez aqui em terras tupiniquins. Porém, por ser "novidade", tem feito a cabeça de muita gente. E, apesar de ter havido rumores de que são motos com estrutura fraca, não passa de boato. Problemas na estrutura, até as famigeradas BMW já apresentaram, como foi o caso de um motociclista que, em viagem numa GS 1200, teve a infeliz surpresa de ter os raios traseiros quebrados e quase resultando em um acidente trágico - mas, por sorte, o piloto saiu com apenas algumas dores pelo corpo na queda, pois estava devagar.

A Royal Enfield, em geral, tem excelente custo x benefício e, pelo andar da carruagem, ainda irá brilhar em nossos asfaltos.

Motoabraço e até a próxima, galera!

== Assista à versão em vídeo deste artigo no Youtube ==

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Fontes: Royal Enfield - Motosblog - Motos.com
Imagens: Divulgação


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