Comparativo: Yamaha XJ6F e Kawasaki Ninja 650R
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Que o mercado das 600 cc ou pouco mais está cada vez mais atrativo e forte, inclusive, em terras tupiniquins, disso não há dúvida. As esportivas e as estradeiras estão entre as mais procuradas, não deixando muito para trás as big-trails, também. Tudo é uma questão de gosto.
Bom, aqui, vamos conhecer algumas diferenças e igualdades entre duas vedetes da categoria esportiva: a Yamaha XJ6F e a Kawa Ninja 650R. Duas grandes motocicletas que estão conquistando os corações mais agitados.
A Yamaha lançou sua XJ6F ainda em 2010, enquanto que a Ninja 650R é ainda uma novidade, pode-se dizer, neste início de 2011. A principal diferença entre as duas, mesmo que com alguns pontos no visual, está na arquitetura de seus motores. Vejamos:
A Yamaha apostou em um motor de quatro cilindros em linha, enquanto que a Kawasaki equipou a Ninja 650R com um bicilíndrico paralelo. Isso faz com que os roncos dos motores sejam diferentes, sendo mias agudo na XJ6F e mais grave na Ninja, bem como o comportamento das duas. Contudo, os números de desempenho (fornecidos pelas fábricas) as colocam mais próximas.
O motor da Ninja 650R é bicilíndrico, com comando duplo no cabeçote, refrigeração líquida e 649 cm³ de capacidade. Oferece potência máxima de 72,1 cavalos a 8.500 rpm e 6,7 kgfm de torque máximo a 7.000 rpm. Já o motor quatro-cilindros da Yamaha XJ6F, que também conta com duplo comando no cabeçote (DOHC), 16 válvulas e arrefecimento líquido, produz pouco acima de 5 cavalos a mais em giros altos - 77,5 hp -, característico dos motores com esta construção. Possui torque máximo de 6,1 kgfm, a 8.500 giros, é menor que o da Ninja e em uma rotação mais alta.
Apesar dos valores bastante próximos, a potência e o torque dos motores demonstram a personalidade diferente dos propulsores. Enquanto a Ninja privilegia o torque e a potência em baixas, a XJ6F traz bastante emoção em altos giros. Isso não quer dizer que o bicilíndrico da Kawasaki não “gire” bastante - o limite de giros está na casa das 11.000 rotações por minuto. Isso quer dizer, na verdade, que o propulsor fica mais à vontade entre 2.000 e 9.000 rpm. Assim, permite trocas menos constantes no câmbio de seis marchas, privilegiandoas tocadas domésticas. O motor da XJ6F, por outro lado, também demonstra fôlego para se pilotar na cidade. A diferença é que ele pede mais rotações - menos que as motos superesportivas, contudo, mais que a Ninja 650R. Na prática, isso significa uma tocada um pouco mais esportiva, com o motor trabalhando acima de 6.000 rotações.
Ciclística
Em se tratando de ciclística, ambas contam com um chassi tubular em aço, peças de construção simples, mas que proporcionam a estabilidade esperada para o desempenho das duas motocicletas. Não são rígidos como em motos superesportivas, com especificações mais top de linha, mas estão de acordo com a proposta de seus fabricantes, ou seja, modelos fáceis de pilotar.
A boa distribuição de peso nessas motos ajuda bastante a torná-las motos "fáceis". Utilizam-se da mesma solução para baixar o centro de gravidade, ou seja, um escapamento localizado no centro da moto, escondido sob o motor.
As suspensões são convencionais e rígidas em ambas: na dianteira, garfo telescópico sem ajustes e balança traseira monoamortecida. A diferença está no ponto de fixação: a Yamaha tem sistema monocross com amortecedor fixado no centro da balança, enquanto a Kawasaki optou por uma solução menos comum com o amortecedor fixado lateralmente, detalhe este que não influencia no funcionamento do conjunto.
O acerto das suspensões nos dois modelos privilegia mais o conforto do que a esportividade. Apesar de não poderem ser comparadas às superesportivas, absorvem as imperfeições do piso e garantem curvas divertidas.
Nos dois modelos, os freios foram dimensionados de acordo com a proposta de uso e seus respectivos desempenhos. A XJ6F tem disco duplo de 298 mm com pinça de dois pistões, na dianteira; e, na traseira, disco único de 245 mm com pistão simples. A Ninja tem configuração semelhante, mas a forma e os diâmetros dos discos diferem: 300 mm na frente e 220 mm atrás, no formato margarida. Na prática, o funcionamento é comum: não assustam e param as motos com eficiência. Ainda assim, a Kawasaki fica com a vantagem de oferecer a opção do sistema com ABS.
Os projetos
Qualquer um desses modelos tem projetos novos e segue o que está se tornando uma tendência no mercado atual: fáceis de pilotar, utilizáveis no dia-a-dia e com boa disposição para viagens. No desenho, seguem linhas diferentes, porém contemporâneas em ambas. A Yamaha tem um conjunto óptico único, traços angulosos e porte de moto maior, completada por uma traseira minimalista. A Kawasaki trouxe para esta recente versão da 650R as linhas da família Ninja, com dois faróis na dianteira e a traseira também reduzida ao essencial. A escolha no quesito beleza fica para o gosto pessoal. A X6F vem somente na cor preta, e não se sabe se a Yamaha pretende lançar outras cores, ao menos, por enquanto. Já a 650R está disponível nas cores preta e no verde tradicionalmente conhecido desde o lançamento das "ninjonas".
Suas carenagens trazem aquele ar esportivo, como também garantem proteção aerodinâmica ao piloto. Neste ponto, ambas cumprem bem o propósito: desviam o vento, oferecendo conforto no uso rodoviário. Já no uso urbano, as carenagens integrais não atrapalham a pilotagem. O único probleminha está nas saídas de ar da Ninja 650R, que desviam o ar quente proveniente do motor diretamente para as pernas do piloto, o que pode incomodar em dias mais quentes.
Os painéis de instrumentos de ambas ficam embutidos na carenagem e são completos: conta-giros, velocímetros e luzes de advertência, além de relógio e hodômetro formam o conjunto. A Ninja conta ainda com uma única tela de cristal líquido totalmente digital, bastante atraente, enquanto a Yamaha usa conta-giros de leitura analógica, o que facilita a visualização.
Concluindo...
Com propostas parecidas e especificações idem, tanto uma quanto a outra são boas opções de compra no segmento de motos 600 cc carenadas. Cumprem seus propósitos, oferecem desempenho satisfatório e são bastante versáteis, podendo ser usadas tanto no dia-a-dia como em viagens.
A diferença fundamental está mesmo na motorização. Muitos são aqueles que dão preferência aos quatro cilindros em linha da XJ6F, enquanto outros tantos já prefirem o desempenho do bicilíndrico da Ninja 650R. De qualquer forma, a escolha é difícil, até mesmo em relação ao quesito 'preço'. A Yamaha ainda está comercializando a XJ6F modelo 2010, sem ABS, por R$ 30.000 - é bom frisar que, para 2011, não haverá mudanças significativas. Já a Ninja 650R 2011 sai por R$ 27.770 sem ABS, e R$ 29.990 com o sistema. Esses valores não incluem o frete, que varia por região.
Se você quer comprar uma motocicleta para rodar mais na estrada, no caso destas duas, opte pela Yamaha XJ6F e seu motor de quatro em linha. Se o uso for muito mais urbano, fique com a Kawasaki Ninja 650R e seu bicilídrico paralelo.
Que o mercado das 600 cc ou pouco mais está cada vez mais atrativo e forte, inclusive, em terras tupiniquins, disso não há dúvida. As esportivas e as estradeiras estão entre as mais procuradas, não deixando muito para trás as big-trails, também. Tudo é uma questão de gosto.
Bom, aqui, vamos conhecer algumas diferenças e igualdades entre duas vedetes da categoria esportiva: a Yamaha XJ6F e a Kawa Ninja 650R. Duas grandes motocicletas que estão conquistando os corações mais agitados.
A Yamaha lançou sua XJ6F ainda em 2010, enquanto que a Ninja 650R é ainda uma novidade, pode-se dizer, neste início de 2011. A principal diferença entre as duas, mesmo que com alguns pontos no visual, está na arquitetura de seus motores. Vejamos:
A Yamaha apostou em um motor de quatro cilindros em linha, enquanto que a Kawasaki equipou a Ninja 650R com um bicilíndrico paralelo. Isso faz com que os roncos dos motores sejam diferentes, sendo mias agudo na XJ6F e mais grave na Ninja, bem como o comportamento das duas. Contudo, os números de desempenho (fornecidos pelas fábricas) as colocam mais próximas.
O motor da Ninja 650R é bicilíndrico, com comando duplo no cabeçote, refrigeração líquida e 649 cm³ de capacidade. Oferece potência máxima de 72,1 cavalos a 8.500 rpm e 6,7 kgfm de torque máximo a 7.000 rpm. Já o motor quatro-cilindros da Yamaha XJ6F, que também conta com duplo comando no cabeçote (DOHC), 16 válvulas e arrefecimento líquido, produz pouco acima de 5 cavalos a mais em giros altos - 77,5 hp -, característico dos motores com esta construção. Possui torque máximo de 6,1 kgfm, a 8.500 giros, é menor que o da Ninja e em uma rotação mais alta.
Apesar dos valores bastante próximos, a potência e o torque dos motores demonstram a personalidade diferente dos propulsores. Enquanto a Ninja privilegia o torque e a potência em baixas, a XJ6F traz bastante emoção em altos giros. Isso não quer dizer que o bicilíndrico da Kawasaki não “gire” bastante - o limite de giros está na casa das 11.000 rotações por minuto. Isso quer dizer, na verdade, que o propulsor fica mais à vontade entre 2.000 e 9.000 rpm. Assim, permite trocas menos constantes no câmbio de seis marchas, privilegiandoas tocadas domésticas. O motor da XJ6F, por outro lado, também demonstra fôlego para se pilotar na cidade. A diferença é que ele pede mais rotações - menos que as motos superesportivas, contudo, mais que a Ninja 650R. Na prática, isso significa uma tocada um pouco mais esportiva, com o motor trabalhando acima de 6.000 rotações.
Ciclística
Em se tratando de ciclística, ambas contam com um chassi tubular em aço, peças de construção simples, mas que proporcionam a estabilidade esperada para o desempenho das duas motocicletas. Não são rígidos como em motos superesportivas, com especificações mais top de linha, mas estão de acordo com a proposta de seus fabricantes, ou seja, modelos fáceis de pilotar.
A boa distribuição de peso nessas motos ajuda bastante a torná-las motos "fáceis". Utilizam-se da mesma solução para baixar o centro de gravidade, ou seja, um escapamento localizado no centro da moto, escondido sob o motor.
As suspensões são convencionais e rígidas em ambas: na dianteira, garfo telescópico sem ajustes e balança traseira monoamortecida. A diferença está no ponto de fixação: a Yamaha tem sistema monocross com amortecedor fixado no centro da balança, enquanto a Kawasaki optou por uma solução menos comum com o amortecedor fixado lateralmente, detalhe este que não influencia no funcionamento do conjunto.
O acerto das suspensões nos dois modelos privilegia mais o conforto do que a esportividade. Apesar de não poderem ser comparadas às superesportivas, absorvem as imperfeições do piso e garantem curvas divertidas.
Nos dois modelos, os freios foram dimensionados de acordo com a proposta de uso e seus respectivos desempenhos. A XJ6F tem disco duplo de 298 mm com pinça de dois pistões, na dianteira; e, na traseira, disco único de 245 mm com pistão simples. A Ninja tem configuração semelhante, mas a forma e os diâmetros dos discos diferem: 300 mm na frente e 220 mm atrás, no formato margarida. Na prática, o funcionamento é comum: não assustam e param as motos com eficiência. Ainda assim, a Kawasaki fica com a vantagem de oferecer a opção do sistema com ABS.
Os projetos
Qualquer um desses modelos tem projetos novos e segue o que está se tornando uma tendência no mercado atual: fáceis de pilotar, utilizáveis no dia-a-dia e com boa disposição para viagens. No desenho, seguem linhas diferentes, porém contemporâneas em ambas. A Yamaha tem um conjunto óptico único, traços angulosos e porte de moto maior, completada por uma traseira minimalista. A Kawasaki trouxe para esta recente versão da 650R as linhas da família Ninja, com dois faróis na dianteira e a traseira também reduzida ao essencial. A escolha no quesito beleza fica para o gosto pessoal. A X6F vem somente na cor preta, e não se sabe se a Yamaha pretende lançar outras cores, ao menos, por enquanto. Já a 650R está disponível nas cores preta e no verde tradicionalmente conhecido desde o lançamento das "ninjonas".
Suas carenagens trazem aquele ar esportivo, como também garantem proteção aerodinâmica ao piloto. Neste ponto, ambas cumprem bem o propósito: desviam o vento, oferecendo conforto no uso rodoviário. Já no uso urbano, as carenagens integrais não atrapalham a pilotagem. O único probleminha está nas saídas de ar da Ninja 650R, que desviam o ar quente proveniente do motor diretamente para as pernas do piloto, o que pode incomodar em dias mais quentes.
Os painéis de instrumentos de ambas ficam embutidos na carenagem e são completos: conta-giros, velocímetros e luzes de advertência, além de relógio e hodômetro formam o conjunto. A Ninja conta ainda com uma única tela de cristal líquido totalmente digital, bastante atraente, enquanto a Yamaha usa conta-giros de leitura analógica, o que facilita a visualização.
Concluindo...
Com propostas parecidas e especificações idem, tanto uma quanto a outra são boas opções de compra no segmento de motos 600 cc carenadas. Cumprem seus propósitos, oferecem desempenho satisfatório e são bastante versáteis, podendo ser usadas tanto no dia-a-dia como em viagens.
A diferença fundamental está mesmo na motorização. Muitos são aqueles que dão preferência aos quatro cilindros em linha da XJ6F, enquanto outros tantos já prefirem o desempenho do bicilíndrico da Ninja 650R. De qualquer forma, a escolha é difícil, até mesmo em relação ao quesito 'preço'. A Yamaha ainda está comercializando a XJ6F modelo 2010, sem ABS, por R$ 30.000 - é bom frisar que, para 2011, não haverá mudanças significativas. Já a Ninja 650R 2011 sai por R$ 27.770 sem ABS, e R$ 29.990 com o sistema. Esses valores não incluem o frete, que varia por região.
Se você quer comprar uma motocicleta para rodar mais na estrada, no caso destas duas, opte pela Yamaha XJ6F e seu motor de quatro em linha. Se o uso for muito mais urbano, fique com a Kawasaki Ninja 650R e seu bicilídrico paralelo.
FICHA TÉCNICA
Kawasaki Ninja 650R (ABS) | Yamaha XJ6F | |||
Dois cilindros paralelos, 649 cm³, quatro válvulas por cilindro, DOHC e refrigeração a ar. | Motor | Quatro cilindros em linha, 600 cm³, DOHC, 16 válvulas, quatro tempos, arrefecimento líquido. | ||
72,1 cv a 8.500 rpm. | Potência máxima | 77,5 cv a 10.000 rpm. | ||
6,7 kgfm a 7.000 rpm. | Torque Máximo | 6,1 kgfm a 8,500 rpm. | ||
83,0 x 60,0 mm. | Diâmetro e curso | 65,5 x 44,5 mm. | ||
11,3:1. | Taxa de compressão | 12,2:1. | ||
Injeção eletrônica; partida elétrica. | Alimentação | Injeção eletrônica; partida elétrica. | ||
Seis marchas, com transmissão final por corrente. | Câmbio | Seis marchas, com transmissão final por corrente. | ||
Tipo diamante em tubos de aço. | Quadro | Tipo diamante em tubos de aço. | ||
Dianteira por garfo telescópico convencional com 41 mm de diâmetro e 120 mm de curso; traseira por balança monoamortecida regulável na précarga com 125 mm de curso. | Suspensão | Dianteira por garfo telescópico convencional, com 130 mm de curso; traseira por balança monoamortecida com 130 mm de curso. | ||
Disco duplo de 300 mm de diâmetro em forma de pétala com pinça de dois pistões na dianteira; disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça de um pistão na traseira. | Freios | Disco duplo de 298 mm de diâmetro com pinça de dois pistões na dianteira; disco de 245 mm de diâmetro com pinça simples na traseira. | ||
120/70-ZR17 (dianteira)/ 160/60-ZR17 (traseira). | Pneus e rodas | 120/70 ZR17 (dianteira)/ 160/60 ZR17 (traseira). | ||
2.100 mm (C) x 760 mm (L)x 1.200 mm (A); 1.410 mm (entre-eixos); 145 mm (altura do solo); 790 mm (altura do assento). | Dimensões | 2.120 mm (C) x 770 mm (L) x 1.185 mm (A); 1.440 mm (entre-eixos); 140 mm (distância do solo); 785 mm (altura do assento). | ||
208 kg. | Peso | 215 kg. | ||
15,5 litros. | Tanque | 17,3 litros. |
Caro Mozart, obrigado por visitar meu blog, estarei seguindo o seu e fique a vontade para seguir o meu tb, rs !!! Um abraço
ResponderExcluirObrigado Emerson. To lá, te seguindo também. :) Vou passar a visitar com frequência, ok? Abraço e boa sorte.
ResponderExcluirA maior que já pilotei foi, uma Draqg Star, 2004 650cc.Foi minha penúltima moto. Excelente.Querendo um pouco mais, comprei uma XJ6F,de olho na Ninja.Confesso que a arquitetura do motor 4 cilindros venceu a parada.E não me arrependi. Nada se compara à doçura da entrega de potência e a progresividade "educada" daquele motor. Não é mesmo apropriado para gente acostumada a R1,CBX ou Hayabusas.Mas para um cara de 60 aninhos, velho de estradas e, que ainda suporta umas emoções relativamente fortes, È A MOTO.
ResponderExcluirGostaria de uma opinião de sobre qual a moto comprar??? a kawasaki é mais bonita, desenhos e carenagem muito belo designe que a kawa adotou, muito bom gosto. Será que o motor de 4 cilindros da xj6 supera toda a beleza que tem a kawasaki 650?? será que o motor 4 cilindros tem tanta diferença assim para que eu mude de ideia e comprar a xj6???
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