quarta-feira, 11 de julho de 2018

SEM REFORÇO: YAMAHA TÉNÉRÉ 250 TEM QUADRO COMPROMETIDO

Problema na fabricação compromete estrutura

E aí, galera motociclista? Todo mundo muito bem? Que legal!
Esse artigo trata de um problema que afeta alguns modelos de moto, mas, na Yamaha Ténéré 250 a coisa parece ser mais séria. O fato é que a parte traseira do quadro desse modelo, sobre a qual está o banco, por problema de fabricação - deve ser para "baixar custos" -, é feito de um material tubular muito fino para o propósito da motocicleta.


No manual, diz que a carga máxima permitida para a Ténéré é de 159 kg. Bom, a moto, em ordem de marcha* pesa 151 kg. Isso quer dizer que, duas pessoas na média de 70 kg, mais uma ocasional bagagem que chegue a 10 kg ou pouco mais, podem comprometer a estrutura da moto e, pior, sujeitos a um acidente de proporções inimagináveis.
O baú - e o que se carrega dentro dele - é um dos responsáveis por
dar mais peso à traseira da moto.

Erro da Yamaha

Não diria só erro, mas acho que até mesmo negligência em relação aos proprietários desse modelo. Não custava nada à Yamaha fazer um quadro mais espesso e reforçado, com tubulação dupla, por exemplo, a fim de garantir maior durabilidade da peça. Afinal, expor o motociclista e seu/sua passageiro(a) a uma condição tão perigosa quanto essa, chega ao absurdo. Fica, aqui, a dica para a Yamaha: aumentar a espessura ou duplicar o tubo, o que não onera muito e nem precisa deixar a moto mais cara. Afinal, pra vocês, fabricantes de motocicletas, quando vale a vida de uma pessoa? Será que menos que esse pequeno investimento?

Como saber se o quadro está comprometido?

O tubo, que tem originalmente o formato retangular (mas, não reto, já que "acompanha" o desenho da moto), parte do centro da moto, próximo à parte inferior da mola, e se estende até o final da garupa, debaixo do banco. Ilumine o local e faça uma procura visual em qualquer trincado suspeito. Para confirmar, passe o dedo, a fim de sentir alguma alteração. Se achar, corra a um soldador ou profissional especializado para consertar.

Tem solução?

Sim, tem. E a solução pode ficar entre R$ 149,90 a R$ 180,00, dependendo a marca e de onde se compra. Trata-se de uma peça chamada reforço de quadro, e que pode ser encontrado em diversas lojas, físicas ou virtuais, dentre elas, o Mercado Livre.
Para instalá-la não dá muito trabalho, mas é recomendado que você leve sua moto até uma oficina para isso ser feito.





*Ordem de marcha é quando a moto está com o tanque cheio, bem como todos os líquidos completos e pneus bem calibrados.

LOUCO POR MOTOS, ANO X

Louco por Motos entra em seu décimo ano


Em 2008, alone in the dark*, me veio à ideia sobre por que não escrever sobre motociclismo, já que este é meu estilo de vida desde meus tenros 11 anos de idade, quando ganhei minha primeira "duas rodas motorizada", uma Garelli Katia 50. Um show... de barulhenta (rsrs). Desde 2006, quando passei a ser membro de um grande motoclube brasileiro, a paixão pelas motos e pelo motociclismo ganhou ainda mais força e, somado ao meu gosto por escrever, foi então que resolvi dar início a este blog.

Durante o caminho, que não é nada fácil, fui aprendendo cada vez mais com os leitores e seguidores do Louco por Motos, assim como, na vivência diária com gente envolvida com o motociclismo. E isso traz certa alegria, conforto e orgulho pra mim, pois, tornaram-se todos meus companheiros de rotina, de vida, de kms rodados e de viagens inesquecíveis.

Eu e meu amigo Chuck (à direita), em 2012.
Foi nesse meio tempo que também tive a honra de conhecer um dos caras mais gente fina e irmão pra vida toda, e que me deu muito suporte técnico, por assim dizer, tanto nas postagens do blog como nos artigos do Jornal Motonews, um jornal bimestral e impresso que eu mantive por 1 ano e 4 meses aqui na cidade de Goiânia-GO, mas que hoje está disponível no Issuu e também no Facebook (com mais de 2 mil seguidores). Charles "Chuck" Saedt também fez parte e foi colete fechado do "meu" motoclube, até que um acidente fatal, no interior do Mato Grosso, o tirou de nosso convívio. E isso quase me fez desistir do blog, pois fiquei meio perdido, sem saber com quem contar, a partir de então. Mas, acho que ele deve ter me puxado a orelha, e foi quando resolvi que manter o blog seria até mesmo uma forma de homenagear meu brother. E assim continuei.

Algumas das edições em formato eletrônico disponíveis no Issuu.com

Com o passar dos anos, o blog foi crescendo, ganhando novas visitas e também novos assinantes do Feed, o que vai trazendo ânimo e incentivo. E, isso, tenho que agradecer a vocês! Espero que o Louco por Motos possa continuar colaborando com o motociclismo em seus artigos e, para isso, empenharei ao máximo, enquanto tiver saúde!

A nova logo continuará por todo esse ano, em comemoração ao ano 10 do blog.



Um motoabraço a todos! Muito obrigado!!







*(trad.) "sozinho no escuro"

sábado, 7 de julho de 2018

MOTOR TEM TEMPO DE VIDA ÚTIL: MITO OU VERDADE?

E aí, galera motociclista? Vamos para mais um artigo importantíssimo sobre os cuidados a se ter com a moto.
Fig. 1. Partes de um motor de moto.

Vida útil

Motor tem vida útil? Pra começar, tudo o que vemos e tocamos, de certa forma, tem vida útil. Um dia, até mesmo uma rocha, vai se tornar pó. E isso não é diferente com motores, especialmente, por serem feitos de materiais desgastantes, como os metais e outros componentes utilizados em sua estrutura.
Desde o momento em que o veículo - qualquer um - é retirado da fábrica, ele passa a sofrer mínimos, mas reais desgastes. Todas as peças em atrito com qualquer outra, ou com o ambiente, passam a sofrer ínfimos danos, que sejam, mas que com o tempo tendem a aumentar, tanto em frequência, como em força e/ou o desgaste em si.
Fig. 2. Desgaste - pequeno e natural - de uma bronzina.

Sendo assim, partes como a culatra - ou "tampa de cilindro", como é também conhecida -, os cilindros, os pistões, a biela, o virabrequim, velas e válvulas, enfim, todos os componentes que trabalham em conjunto para o motor funcionar, vão aos poucos sofrendo tais danos e, se não houver a manutenção devida, a tendência é que, uma hora, o motor pare de vez.

O que danifica mais a moto?

Não é preciso ser especialista pra saber que, o que mais prejudica a motocicleta, em geral, além da falta de manutenção, são fatores extras, que nem sempre dependem da vontade do dono:
- Asfalto/estradas ruins: são os maiores responsáveis por danos na suspensão, afrouxamento de parafusos, empeno de peças de ferro, desgastes das partes de borracha, entre outros. O chacoalhar que terrenos acidentados provoca é muito negativo para todas as partes do motor. São também responsáveis por quedas, que podem trazer prejuízos materiais e pessoais irrecuperáveis;
Fig. 3. Asfaltos ruins são responsáveis por quebras e quedas.

- Combustível de baixa qualidade: todo combustível suspeito deve ser evitado. Se já é muito ruim termos que abastecer nossas motos - a gasolina - com 27% de álcool, imagina se esse combustível estiver "batizado". O acúmulo de sujeira, conforme o período no qual se abasteceu com aquele combustível ruim, vai sendo gerado no fundo do tanque e repassado para o sistema de alimentação, o que gera fraca combustão e falha no motor. Isso, sem contar as micropartículas que vão sendo depositadas em outras partes da engenhoca, ocasionando ranhuras e posterior necessidade de retífica.
- Troca de marchas forçada: galera, o motor não foi feito para esticar ou antecipar a marcha em demasia. O ato de se trocar marchas está relacionado à capacidade de compressão do motor, o que quer dizer que, sob muita ou pouca pressão, ele não trabalha de forma ordenada, como deve ser. Isso pode diminuir a capacidade motriz, com o tempo.
Fig. 4. Engrenagem de um câmbio de 6 marchas.

Fig. 5. Use o óleo com as especificações certas da sua moto.
- Óleo baixo ou falta de óleo: meus amigos!!!! Eis aqui um item de extrema importância na vida útil do motor de sua moto! Rodar com óleo "do meio pra baixo" é quase a mesma coisa que estar sem óleo no cárter. Quando o óleo é jogado para cima, a quantidade exata é enviada para que as peças sejam lubrificadas. E esse óleo é jogado pela pressão causada dentro do motor. Então, se há pouco óleo, irá subir uma quantidade insuficiente para a lubrificação exata, o que estará sendo terrível para o motor: ele esquentará com mais facilidade, haverá maior desgaste e passará a queimar o óleo, ao
invés de aproveitar o pouco que tem. Deixar o óleo chegar ao nível mínimo, ou faltar, é melhor empurrar a moto desligada até uma loja apropriada e completar o cárter. Outro fator importante: use sempre e somente o óleo com especificações elegidas para sua moto. Na dúvida, consulte o manual da mesma, ou pesquise no Google, ok?
- Peças paralelas: muito cuidado! Concordo que uma peça original, geralmente, adquirida em concessionárias, pode custar os olhos da cara, às vezes. Mas, por um lado, acaba sendo o caro que sai barato, pois o contrário estamos fartos de conhecer, não é mesmo? Pois é, peça paralela "tem que ter origem", me desculpem o trocadilho. Há casos em que uma peça paralela tenha sido produto de assalto e com final ruim para o dono da moto. Mas, há também empresas especializadas em fabricar peças similares, o que é estritamente legal. Temos que, contudo, manter os olhos abertos para os "especializados em copiar a cópia", que geralmente empregam material de terceira categoria e, conforme a peça, pode comprometer a segurança de quem está na moto. É aquele negócio: barato demais, desconfie.

Dicas para aumentar a vida útil do motor

Eis algumas dicas para lhe orientar e aumentar a vida útil do motor de sua moto:
1. Evitar abusos: a não ser que você seja integrante de um grupo de "motoshow man", ou participe de competições radicais, e que sua moto seja especialmente preparada para tal, procure não abusar da moto - andando em uma roda a cada semáforo que parar; fazendo zerinhos; acelerar bruscamente e com frequência; fazer trilhas com motos sem estrutura para o tipo de terreno; saltar rampas ou morretes... -, pois cada uma tem estrutura e engenharia apropriada para aquela situação ou terreno.
2. De olho no óleo: o óleo, como disse anteriormente, é um componente que não pode faltar ou estar sempre baixo. E, saiba, completar o óleo nem sempre é a solução. O correto é trocar todo o líquido regularmente - de acordo com o que diz no manual da motocicleta -, assim como, pelo menos, alternando uma vez a cada troca, o filtro específico. Ponha na sua cabeça: o motor pode funcionar apenas com o cheiro do combustível, mas sem óleo, ele vai fundir rapidinho.
3. Check-up geral: quando voltar de uma viagem, faça o possível para levar a "moça" ao médico. Nem que seja somente para um check-up. Viagens longas, especialmente, podem trazer alguns parafusos soltos, algum cabo pronto para arrebentar etc. Na parte elétrica, podem haver fios com mau contato, o que também prejudicam o funcionamento da moto.
4. Gaste mais, mas rode melhor: cuidado, mais uma vez, com peças baratas e mecânicos quebra-galhos, que vão lhe cobrar "só um cafezinho". Se vai fazer uma manutenção em sua moto, incluindo mecânica e elétrica, faça com quem entenda e tenha tempo de mercado, seja reconhecido. Mesmo assim, vá atrás de referências (por experiência própria, uma Shadow que tive ficou mais de 30 dias com um mecânico e, mesmo assim, tive problemas em uma viagem que fiz, logo que tirei ela da oficina. Detalhe: eu a havia deixado lá justamente para corrigir o problema que tive, durante a viagem). Portanto, trate-a como sua melhor companhia e não pense duas vezes em levá-la para um lugar confiável.

No mais, seja sempre prudente e precavido(a). Não é nada bom ficar a pé. :) Motoabraços!

Saiba mais em:
- Antes de pegar a estrada
- Dicas de pilotagem

quinta-feira, 5 de julho de 2018

MOTO COMPARATIVO: BMW G310 R x YAMAHA MT-03

Alô, motors!!!

De volta com mais um comparativo, desta vez, de duas motos de uma categoria que vem crescendo vertiginosamente, que é a das nakeds na faixa das 300 cilindradas.
Então, pus na roda a BMW G310 R e a Yamaha MT-03, duas excelentes motocicletas, com diferenças pequenas entre uma e outra.


Design

Vamos começar pela aparência geral. A moto da BMW tem uma pegada roadster, com acabamento urbano e contemporâneo, não primando muito por detalhes no desenho do tanque ou das faixas adesivas. A carenagem lateral, onde está impresso o "R" na BMW, cobre o radiador, ao mesmo tempo que direciona o ar para a peça, o que ajuda no condicionamento da temperatura. Já na MT-03, essa carenagem não existe e o radiador torna-se visível, mas, nada que atrapalhe na performance da moto. Os desenhos do tanque, da carenagem de farol e o protetor do cárter tiveram mais preocupação por parte dos engenheiros da Yamaha, que pensaram certamente num layout mais futurista e visual esportivo. Se é a primeira impressão que fica, eis que a MT-03 parece impressionar mais.

BMW G310 R


YAMAHA MT-03

Dimensões

A G310 R é levemente mais curta e compacta, com um entre-eixos de 1.374 mm, contra 1.390 mm da MT-03. Em termos de comprimento total, a MT-03 possui 2,09 mts, enquanto a BMW, 2,05 mts. Em altura, a BMW fica um pouquinho acima, com 1,08 mt, e a Yamaha com 1,03 mt. Também no assento, a Yamaha é 0,05 mt mais baixa, medindo 780 mm contra 785 mm da BMW.
As capacidades dos respectivos tanques também são diferentes. Enquanto a G310 R tem capacidade para 11 litros de gasolina, sendo 1 litro de reserva, a MT-03 possui capacidade maior, de 14 litros, sendo 3 para a reserva. Em consumo de combustível, a MT-03 pode variar entre 16 e 22 km/l - a média, então, é de 19 km/l. A G310 R pode chegar a incríveis 30,6 km/litro!!!!! Nessa questão, tão importante nos dias de hoje, a BMW ganha disparada!
Em ordem de marcha, seus pesos são: 158,5 kg da BMW e 168 kg da Yamaha.



Motores

Vamos à parte, talvez, mais interessante de um comparativo. Quem sai na frente e quem fica pra trás? Em termos de motor, há números que fazem a diferença entre uma moto e outra.
A BMW G310 R possui um monocilíndrico de 313 cm³ que gera até 34 cv de potência a 9.200 rpm e torque de 2,85 kgf.m a 7.500 rpm. Já a MT-03 é dotada de 321 cm³ em dois cilindros, que geram 42 cv de potência a 10.000 rpm e torque de 3,01 kgf.m a 9.000 rpm. A BMW que nos desculpe, mas a Yamaha sai e chega melhor, nesse quesito.


Motor da MT-03: bicilíndrico, 321 cc e 42 cv.

Motor da G310 R: monocilíndrico de 313 cc e 34 cv de potência.

Consumo e autonomia [editado e atualizado]

Falando-se em autonomia, isto é, quantos quilômetros cada uma delas percorre com o tanque cheio, levando-se em conta seus consumos médios, não se diferem tanto: a Yamaha MT-03, com seu tanque de 14 litros, tem uma autonomia de aproximadamente 280 km, enquanto que a BMW G310R, com um tanque para 11 litros, chega aos 290 km. Portanto, por litro a BMW faz mais, chegando à média de 26 km/l contra 20,8 km/k da MT-03. 

Preços [atualizados em 12/12/21]

É lógico que, no final das contas, pesa também na escolha do modelo o valor que tem que ser pago, não é? Mas, antes disso, veja este outro comparativo:

Preço médio do seguro (Zero KM)* - G310 R       = R$ 1.815,00
                                                             MT-03        = R$ 1.990,00

(* Preços de seguros variam conforme seguradora, corretor, cidade, idade e sexo do piloto principal, entre outros parâmetros).

Devido a diferenças em impostos de cada estado, fica difícil saber o valor do IPVA mais a licença dos modelos.

O preço sugerido da MT-03 é de R$ 25.490,00; já a da G310 R é de 21.900,00.

No mais, um forte abraço, motors! Espero ter ajudado na decisão. :)

Galeria de fotos:










COMPARATIVO: HONDA CB 300F TWISTER x BAJAJ DOMINAR 400

  COMPARATIVO: HONDA CB 300F TWISTER x BAJAJ DOMINAR 400 Quem leva a melhor? Salve, motors! Como vai essa força motriz? Ambas as motos são e...